O executivo Pedro Ripper, CEO da Bemobi, uma empresa que oferece soluções de pagamento utilizadas por grandes operadoras brasileiras, projetou que os planos de serviços de telefonia móvel vão passar por uma transformação nos próximos anos.

Em entrevista ao site Mobile Time, Pedro Ripper especulou que, no futuro, todos os planos de telefonia móvel serão pré-pagos, com a cobrança no formato recorrente no cartão de crédito e sem envio de fatura, como já acontece em alguns planos Controle.

“Os planos vão virar pré-pagos na concepção dos planos OTT de música e video, baseados em cartão de crédito. Para as teles isso simplifica sistemas, diminui custo de atendimento por complexidade de plano, gera serviços melhores e até reduz os preços, se houver uma estrutura de custo menor, com repasse do benefício para o cliente. Todas as operadoras flertam com esse conceito", afirmou Ripper ao site Mobile Time.

Apesar das vantagens citadas, o executivo também reconheceu que a mudança é difícil por ser uma quebra de tabu. Atualmente, estima-se que 90% dos planos do segmento pós-pago têm fatura de gastos mensais e apenas 10% são diretamente no cartão.

Ripper está confiante que esse cenário se inverta em cinco ou seis anos. O CEO explicou que o modelo seria o mesmo usado pelas plataformas de streaming de vídeo, em que a contratação é 100% digital, a cobrança pré-paga recorrente é no cartão de crédito e sem envio de fatura.

O fato dos planos no Brasil terem sido simplificados, focando apenas nos Gigabytes, e o país ser muito desenvolvido em pagamentos, com o sucesso das fintechs e a popularização do cartão de crédito, ajudaram a pavimentar o caminho para essa possível mudança.

Com a simplificação e a redução de custos para as operadoras de telefonia móvel, a grande expectativa é que esse formato também reduza os valores dos planos para os clientes, o que pode gerar um aumento na concorrência.

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