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Loja online se passa por oficial da QCY e gera reclamações de clientes | Detetive TC

16 de janeiro de 2024 15

Não é uma novidade que há lojas virtuais dedicadas a uma marca específica, que fingem ser revendedoras autorizadas, mas na verdade não possuem qualquer vínculo com a empresa original. E o Detetive TudoCelular já abordou uma série de exemplos disso.

Desta vez, uma varejista online tem se passado por oficial da marca QCY de produtos de áudio, mesmo um mês depois de ter sua atuação revelada. A coluna foi atrás de esclarecimentos e explica em detalhes a você.

Entenda o caso

No final de novembro de 2023, o site Tecnoblog revelou que a representação oficial da QCY no país estaria empenhada a combater a importação irregular de fones de ouvido da marca, por perfis e lojas falsas que induzem o consumidor ao erro. Denúncia também feita pelo canal Mynd the Headphone, no YouTube.

Uma delas consiste na qcy.com.br. Mesmo depois de meses da denúncia, a varejista segue com o seu site no ar. Ao passar pelas páginas, é possível encontrar uma série de menções sobre ser a “única loja oficial da marca” no Brasil.



Imagens: Reprodução / QCY não oficial

Anúncios e redes sociais

Nas redes sociais, a QCY.com.br também tenta se impor como a representante oficial da marca em solo brasileiro. O seu perfil no Instagram – que acumula cerca de 108 mil seguidores – fala, em primeira pessoa, pela marca, e se apropria dos resultados da marca oficial em vendas pela Canalys.

Outras plataformas também reúnem uma grande quantidade de pessoas. No Facebook, são 9,5 mil curtidas na página da companhia. Já no canal do YouTube, há quase 4 mil inscritos, bem como vídeos com centenas de milhares de visualizações.

Imagem: Reprodução / Instagram da loja não oficial

Ao passar nos Stories do Instagram, também é comum conferir anúncios com o nome da QCY e contendo links que redirecionam para o website da loja falsa.

Imagens: Reprodução / Instagram

Reclamações dos usuários

O que chegou a despertar a atenção do público sobre a improcedência do site qcy.com.br está no volume de queixas nos últimos meses, por meio de serviços online como o Reclame Aqui – no qual a loja falsa da QCY Brasil acumula uma nota 5,8/10, avaliada como “ruim” em sua reputação.

A maior parte das reclamações indica que a companhia não tem atrasado ou deixado de entregar as compras. Além disso, muitos consumidores sinalizam que a empresa não responde em seu único canal de contato disponibilizado.

Imagem: Reprodução / Reclame Aqui
Oficial vs não oficial

Afinal, como diferenciar a QCY Brasil oficial da não oficial? A autorizada tem seu site localizado em qcybrasil.com e é fruto da parceria feita pela QCY China com a Blue Whale Group, cujo CNPJ é o 38.477.367/0004-16.

As vendas ocorrem por meio da loja oficial em marketplaces da Amazon, da Shopee e do Mercado Livre. A representante mantém um estoque de produtos na cidade de São Paulo e solicita homologação conforme as diretrizes da Anatel.

Por sua vez, a QCY falsa utiliza um CNPJ de nome “QCY AUDIO BRASIL LTDA”, cujo responsável é Renan Silva Alves. Também está em nome dele o domínio usado para as vendas – qcy.com.br.

Além disso, a comercialização pela varejista não oficial tem sido feito por meio do chamado “Dropshipping”. Neste sistema, há uma empresa – responsável pela venda e por eventuais cancelamentos – que opera como intermediária entre o consumidor e o fornecedor – este que não necessariamente precisa ser oficial.

Imagem: Reprodução / Whois - Registro.br

Assim, a companhia que comercializa os produtos não precisa realizar grandes investimentos, nem manter um estoque local. No caso da loja falsa, eles não afirmam a origem do fornecedor dos produtos.

Como procurar seus direitos?

Caso você tenha comprado algum produto na loja falsa e não tenha recebido, saiba que o Código de Defesa do Consumidor estabelece a responsabilidade da empresa que o comercializou.

O artigo 35 estabelece que, caso o vendedor se recuse a cumprir a oferta, o consumidor pode exigir o cumprimento forçado, aceitar outro produto equivalente como substituto ou desistir da aquisição, com a devida devolução na íntegra do valor desembolsado – bem como de acréscimos por perdas ou prejuízos eventuais.

Plataformas como o Procon da sua região ou até mesmo uma ação judicial podem ser o caminho aos clientes que não tenham sido atendidos pela companhia.

Posicionamentos

O Detetive TC entrou em contato com a representação oficial da QCY no Brasil, para solicitar esclarecimentos a respeito do que tem sido feito para barrar o uso ilegal da marca no país.

A representante de marketing da companhia, Tailís Redondo, pediu desculpas aos consumidores por esse transtorno e reforçou que não é a experiência desejada aos clientes da marca. Também acrescentou que o site qcy.com.br não possui qualquer vínculo com a QCY China nem é representante oficial no Brasil.

“Falando em nome da verdadeira QCY Brasil, primeiramente, gostaria de pedir as mais sinceras desculpas a cada consumidor que está vivendo esse grande transtorno causado por um vendedor não autorizado pela marca. Essa, definitivamente, não é a experiência que gostaríamos de proporcionar a nossos clientes.


Estamos cientes do posicionamento de "loja oficial" utilizado pelo site qcy.com.br, e reafirmo que essa loja não possui qualquer vínculo com a QCY China, tampouco é a representante oficial da marca no Brasil, não possuindo nenhum tipo de autorização para atuar no país em nome da marca. Desconhecemos a origem dos produtos vendidos por eles (pois os mesmos utilizam a modalidade de Dropshipping), e não podemos confirmar se são autênticos.


As plataformas oficiais da QCY no Brasil são gerenciadas pela Blue Whale Group (CNPJ: 38.477.367/0004-16), única representante autorizada da marca no Brasil, e estão listadas aqui.”


Tailís Redondo

Representante de marketing da QCY Brasil

Tailís ainda afirmou que a equipe jurídica da QCY na China e no Brasil têm tomado as medidas cabíveis na Justiça, para impedir que a varejista falsa continue com suas atuações no país, bem como se responsabilizem por todos os clientes afetados nos últimos meses.

Para completar, a executiva reforça que os consumidores se atentem aos comunicados e links disponibilizados nas redes sociais oficiais da marca, assim como alerta para não fornecer dados pessoais ou compras por meio do WhatsApp.

“Os times jurídicos da QCY China e QCY Brasil já estão tomando todas as medidas judiciais cabíveis para que, além de serem impedidos de atuar no país, os responsáveis por essa loja honrem com os direitos de cada consumidor que foi lesado nos últimos meses. Recebemos, diariamente, centenas de relatos de pedidos que nunca foram entregues, falta de suporte e muitas outras situações constrangedoras e inadmissíveis.


Sabemos que a qualidade do material que o vendedor utiliza nas redes sociais, a quantidade de anúncios pagos que ele veicula, a agressividade das ações de marketing utilizadas e o uso indevido da marca até no CNPJ podem induzir até o mais responsável dos consumidores ao erro. Por isso, estamos lidando com essa situação de forma prioritária, nos utilizando de todos os recursos para que a justiça o impeça de continuar suas vendas. Infelizmente, é muito fácil fazer um site de vendas, mas incrivelmente difícil tirá-lo de funcionamento se não por vias legais.


Pedimos que, antes de adquirir qualquer produto QCY, os consumidores se atentem aos comunicados e links que disponibilizamos em nossas redes sociais (Instagram e Facebook), e jamais forneçam quaisquer dados pessoais ou realizem compras através do WhatsApp. Em hipótese alguma contatamos nossos clientes por vias que não sejam o e-mail sac@qcybrasil.com e os chats oficiais dos marketplaces e redes sociais.


Nosso time de atendimento no Brasil está trabalhando incansavelmente para auxiliar cada consumidor que busca por auxílio. Estamos anexando todos os relatos (com a autorização dos clientes) ao processo judicial, e fornecendo orientações para tentar contornar as perdas monetárias causadas. Além disso, nos colocamos à disposição para fornecer quaisquer esclarecimentos que sejam solicitados às pessoas que optarem por buscar seus direitos em órgãos de proteção ao consumidor.


Com isso, sabemos o quão frustrante é toda essa situação, e asseguramos que não estamos medindo esforços para que tudo se resolva o mais breve possível.


A QCY Brasil e a QCY China agradecem a compreensão e a confiança de cada cliente, e reforçamos que estamos sempre à disposição para ajudar da forma que pudermos.”

Esta coluna também procurou a loja que se diz “oficial” para um posicionamento. Até o momento da publicação deste texto, não tivemos qualquer retorno. O espaço permanecerá aberto para novas atualizações e maiores esclarecimentos futuros.

Você chegou a ser enganado pela loja falsa da QCY? Como foi a sua experiência? Relate para a gente no espaço abaixo.


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