
Segurança 02 Abr
15 de junho de 2024 2
Em um estudo realizado em Harvard, nos Estados Unidos, pesquisadores obtiveram resultados promissores em pesquisa que visa reverter a queda de cabelo associada a alopecia areata. O estudo foi publicado na revista científica Advanced Materials.
A alopecia areata é uma doença autoimune que atinge milhares de pessoas em todo o mundo. O distúrbio causa queda dos fios do cabelo da cabeça – e em alguns casos, do corpo – de forma geral ou em áreas circulares.
Por razões não muito claras, as células T da pessoa com a doença começam a atacar erroneamente os folículos capilares, fazendo com o que o cabelo caia. Alguns pacientes relatam episódios de crescimento posterior do cabelo; outros, relatam queda de cabelo intermitente; e em um terceiro grupo o sintoma é permanente.
O novo tratamento desenvolvido pelos cientistas usa adesivos revestidos de microagulhas que carregam uma substância reguladora do sistema imunológico. Nos resultados obtidos, o medicamento conseguiu fazer crescer cabelo em ratos com alopecia em poucas semanas.
A substância em questão carrega dois componentes químicos, o CCL22, que atrai quimicamente T-regs para o local da aplicação, e o IL-2, que os amplifica. Os T-regs (células T Reguladoras) são células imunológicas que, em estudos anteriores, se mostraram essenciais para o processo de revitalização do cabelo.
O tratamento foi testado em camundongos com alopecia, aplicando os adesivos 10 vezes durante 3 semanas e, depois, observando os possíveis resultados por mais 8 semanas. Em apenas 3 semanas o cabelo voltou a crescer e foi sustentado durante todo o período de observação.
Os adesivos de microagulhas são mais eficazes do que os cremes tópicos, aplicados diretamente na pele. Eles atingem uma camada mais profunda da derme, mas não são longos o suficiente para atingir os receptores da dor, o que os faz indolores.
O crescimento de cabelo tem sido um efeito colateral observado em pacientes com alopecia que recebem medicamentos imunossupressores para outras condições. Mas assim que o medicamento é suspenso, o cabelo volta a cair.
A suspeita é que isso ocorra porque os medicamentos atacam as células T de forma geral, que são as responsáveis por atacar os folículos nesse caso de alopecia. O problema é que isso também afetaria as células T reguladoras, responsáveis por supostamente manter uma boa saúde capilar.
Resumidamente, esse pode ser o motivo dos bons resultados coletados pelos pesquisadores ao injetar a substância com CCL22 e IL-2.
E por falar em resultados, para garantir que o sucesso inicial do estudo não fosse devido apenas ao método de aplicação, um grupo de camundongos foi submetido a aplicação de adesivos com microagulhas carregadas de baricitinibe – medicamento para alopecia aprovado pela FDA (uma espécie de ANVISA dos EUA). No entanto, os resultados obtidos com a aplicação do novo composto químico foram mais promissores.
A equipe de pesquisadores ainda afirma que o tratamento poderia ser uma luz para outras doenças autoimunes da pele, como vitiligo e psoríase. De qualquer forma, testes e desenvolvimentos adicionais estão em andamento.
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