A LG, que é uma das maiores fabricantes de telas do mundo, concordou em vender a participação majoritária em sua fábrica de painéis de LCD localizada em Guangzhou, na China, para a CSOT, subsidiária da TCL. O valor da aquisição foi de ¥ 10,8 bilhões (cerca de R$ 8,37 bilhões), segundo uma reportagem divulgada na quinta-feira (27) pelo Reuters.

De acordo com documentos relacionados à transação, o negócio incluiu a venda de 80% da participação da LG Display — divisão especializada na produção de telas da gigante sul-coreana — em sua grande fábrica de painéis de cristal líquido e 100% da fábrica de módulos para LCD, com conclusão prevista para março de 2025.

A decisão reflete a estratégia da fabricante de concentrar seus esforços na operação de painéis de OLED, segmento no qual a empresa possui maior competitividade em comparação com o mercado de LCD. Uma das maiores rivais da empresa no setor é a Samsung, mas também há uma crescente presença de fabricantes chinesas no ramo.

“Planejamos focar mais no negócio de OLED, a fim de aumentar nossa competitividade e construir bases de lucros mais estáveis”, disse a empresa em nota divulgada pelo Reuters. “Além disso, esperamos que o capital da venda fortaleça nossa estabilidade financeira”.

Com a venda, a LG deixará de fabricar painéis LCD na China, embora continue produzindo telas de OLED, que oferecem uma margem de lucro mais ampla para a empresa. Embora as telas de cristal líquido ainda representem a maior fatia do mercado global de TV, a tecnologia já não é financeiramente eficiente para a divisão de telas da sul-coreana.

Analistas, por sinal, acreditam que a venda melhorará as finanças da LG Display, que registrou uma sequência de perdas trimestrais nos últimos anos — em partes, devido ao cenário instável do mercado de smartphones, computadores e outros dispositivos.

Noticiamos anteriormente que, com um maior foco no mercado de OLED, a LG deve expandir suas fábricas para iniciar a produção de telas pequenas e médias da geração 8.6, que são mais eficientes e devem ganhar mais espaço na indústria. Além disso, no início do mês, a companhia anunciou a produção das telas mais rápidas do mundo com painel de OLED.