O julgamento que pode resultar no "desmembramento" da Meta deve começar nesta segunda-feira (14) nos Estados Unidos.

Segundo acusações da FTC, a empresa de Mark Zuckerberg comprou "ilegalmente" o Instagram e o WhatsApp para formar um monopólio global em redes sociais.

Adquirido em 2012, o Instagram tinha cerca de 30 milhões de usuários e um e-mail listado pela FTC mostra que o próprio Zuckerberg atuou nessa operação.

Os negócios ainda estão em estágio inicial, mas as redes já estão estabelecidas, as marcas são significativas e, se crescerem, podem ser muito disruptivas para nós.

Na época, a rede social de fotos não tinha receitas, mas era considerada uma forte concorrente do próprio Facebook.

Já o WhatsApp foi adquirido em 2014 e tinha 450 milhões de usuários no mundo inteiro, sendo que hoje o mensageiro é um "pilar" da estratégia de Inteligência Artificial da Meta, uma vez que a integração com a Meta AI tem avançado rapidamente.

Segundo a FTC, esse monopólio operado pela Meta não só eliminou concorrentes como também resultou em aplicativos com qualidade inferior, excesso de publicidade e fraca proteção da privacidade.

Por conta disso, o órgão regulador exige que o Instagram e o WhatsApp sejam separados da estrutura da empresa ou simplesmente vendidos.

Em sua defesa, a Meta argumenta que a possibilidade de ser forçada a se desfazer do Instagram e WhatsApp representa uma "ameaça existencial". Isso porque as duas plataformas concentram o maior número de usuários.

Comentando o assunto, o porta-voz da empresa, Christopher Sgro, disse:

A ação da FTC contra a Meta desafia a realidade. O julgamento mostrará o que todo adolescente de 17 anos já sabe: Instagram, Facebook e WhatsApp competem com TikTok, YouTube, X, iMessage e muitos outros.