
Software 24 Jun
30 de junho de 2025 2
Os esforços da Microsoft para desenvolver um processador próprio para Inteligência Artificial estariam encarando sérios problemas, conforme relatam fontes ouvidas pelo portal The Information. Ao que parece, a próxima geração do Azure Maia, de codinome "Braga", está sofrendo com mudanças de última hora, falta de equipes especializadas e outros problemas, o que pode aumentar ainda mais a vantagem que a NVIDIA possui no segmento.
A série Microsoft Maia foi apresentada no final de 2023 com o lançamento do Maia 100, acelerador de IA desenvolvido pela própria gigante e fabricado com a litografia da classe de 5 nm da TSMC. Voltado para inferência (a etapa em que usamos os modelos de IA), a solução tinha o objetivo de diminuir a dependência da companhia em componentes da NVIDIA, tanto por conta dos preços, quanto pela alta procura.
Curiosamente, pelo foco na inferência, a solução parece ter encarado baixa adoção por parte dos clientes da nuvem Microsoft Azure, que estariam buscando por plataformas de treinamento, ou ao menos por plataformas que ofereçam uma mescla das etapas. Independente disso, a companhia já estaria desenvolvendo uma nova geração do processador, de codinome "Braga", cujo plano original era ser lançado ainda em 2025.
No entanto, como aponta o The Information, o Maia "Braga" teria sido atrasado em pelo menos 6 meses e agora estaria previsto para entrar em produção em massa apenas em 2026. O relatório indica que há vários motivos para o adiamento, a começar por mudanças de última hora no projeto.
Parceira importante da Microsoft, a OpenAI teria solicitado a adição de recursos que, durantes testes de simulação, teriam desestabilizado o componente, levando a atrasos. Agravaria a situação a pressão para que os times envolvidos atendessem aos prazos impostos, o que teria resultado em atritos e consequentes perdas significativas de até 20% de membros de algumas equipes.
Ainda que os obstáculos sejam contornados, estima-se que esses atrasos ampliem a distância do novo chip Maia para as soluções da família Blackwell da NVIDIA, o que tornaria a solução da Azure menos atraente e abriria margem para que o time verde amplie sua liderança com chips mais poderosos, como a linha NVIDIA Rubin. Vai ser preciso esperar para vermos os resultados do adiamento.
Vale lembrar que a Microsoft não foi a única a investir em componentes próprios — a Amazon possui sua linha Trainium de chips preparados para treinamento e inferência de IA, assim como o Google oferece as Tensor Processing Units (TPUs), que já começaram a atrair alguns clientes de soluções da NVIDIA em virtude do menor custo.
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