Para os 3,7 bilhões de usuários do Facebook, entre os quais muitos permanecem com a pagina do seu perfil aberta durante horas a fio, parece lógico imaginar que Mark Zuckerberg decida criar um serviço de streaming na rede social. E segundo informações publicadas no The Verge, é isso que pode acontecer.

De acordo com o relato, os executivos do Facebook se encontraram com alguns dos grandes selos da indústria musical, aquelas companhias para quem uma empresa deve pedir permissão para utilizar músicas de artistas que tenham contrato com as gravadoras. As conversações se deram entre a rede social e Sony, Universal e Warner. No entanto, ainda não está claro quais são as reais intenções por trás dos encontros.

Na verdade, ainda que as especulações inevitavelmente caiam em torno de um serviço de streaming, as fontes afirmam que o Facebook ainda não sabe precisamente o que quer fazer. Isso porque, aparentemente, a companhia quer criar algo "único" e é óbvio que apenas "mais um" serviço de streaming ficaria bem longe deste ideal.

As fontes também deixam claro que as conversas com as gigantes da música ainda estão em estágio muito inicial, e não há nada de concreto que possa ser afirmado. A empresa de Mark se recusou a declarar algo a respeito.

O Facebook tem mostrado um interesse de longa data em música, como pode ser observado em seus botões que já apareceram, integrando serviços musicais, bem como a parceria que concretizou com o Spotify, ajudando-o no lançamento os EUA. Outros recursos, como botões para ouvir músicas nas páginas oficiais de artistas também já foram adicionados, mas é notório também a cautela que a empresa tem ao se tratar da adição de serviços desse tipo em seu principal recurso - a interação social através da sua rede.

O Facebook tem progressivamente implementado novidades em seus serviços, a fim de atrair seus usuários a permanecer mais tempo e produzir mais conteúdo na sua rede social. Exemplo disso é a distribuição de renda dos anúncios entre usuários que publicam seus vídeos no Facebook. Ainda que muitos permaneçam horas conectados no seu perfil, a média nos EUA é de 40 minutos por dia. Estratégias como incentivar a postagem de mais vídeos podem aumentar esse tempo, em uma tentativa de "roubar" os espectadores do YouTube. E talvez um serviço de streaming "inovador" possa ser o próximo passo óbvio nesse sentido.

De qualquer forma, é fácil supor que com sua gigantesca base de usuários utilizando o serviço todos os dias, no desktop e mobile, pode lançar um serviço de streaming capaz de bater concorrentes menos expressivos nesse setor como Amazon e Microsoft e, talvez, mesmo a recém-chegada Apple, que ainda não se consolidou. E o leitor, gostaria de ouvir músicas enquanto navega pelo Facebook?