A Motorola trouxe para o mercado brasileiro em abril deste ano o Moto G22, um smartphone que chega para ampliar as opções da marca no segmento de entrada.e que foca no custo-benefício.

Para quem não recorda, o G22 traz tela IPS LCD de 6,5 polegadas com resolução HD+ e 90 Hz, plataforma MediaTek Helio G37, 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento interno, câmera frontal de 16 MP, quatro câmeras traseiras (50 MP / 8 MP / 2 MP / 2 MP), conexão 4G LTE, Bluetooth 5.0, áudio mono e leitor de digitais lateral, bateria de 5.000 mAh com carregamento de 15W e Android 12.

Nosso teste de bateria oficial é executado com vários apps, jogos e serviços populares em ciclos cronometrados até que a bateria esgote completamente, sendo dado um tempo de standby entre os ciclos para acompanhar o consumo em segundo plano. Brilho da tela e configurações de redes são padronizados para que possamos traçar um paralelo entre todos os modelos que passaram por nossas bancadas.

Os apps presentes nos ciclos, e seus determinados tempos de execução por ciclo, são:

• 6 minutos de uso (cada) - WhatsApp, Youtube, MX Player (vídeo offline), Spotify, PowerAmp (música offline) e Chrome;
• 1 minuto (cada) - Pokémon Go, Asphalt 8, Subway Surfers, Candy Crush, Modern Combat 5 e Injustice;
• 4 minutos de chamadas em 3G/4G;
• 2 minutos de uso (cada) - Facebook, Gmail e GMaps

Após nossos testes com o Moto G22, chegamos aos seguintes resultados:

• Foram necessárias 22 horas e 21 minutos para o dispositivo desligar;
• A tela permaneceu ligada por 10 horas e 53 minutos no período;
• Realizamos 16 ciclos completos de testes, incluindo:
  • 96 minutos de navegação no Chrome;
  • 480 minutos de WhatsApp, Spotify, PowerAmp, MX Player e YouTube (96 minutos cada);
  • 96 minutos de jogos (Pokémon Go, Subway Surfers, Candy Crush, Injustice, Modern Combat 5 e Asphalt 8);
  • 96 minutos de Facebook, Gmail e Google Maps (32 minutos cada);
  • 64 minutos de chamadas de voz via 3G/4G;
• O app que mais consumiu foi o YouTube.

A Motorola pulou uma geração com seu Moto G2x, saindo do Moto G20 lançado no início de 2021 para o Moto G22 apresentado neste início de 2022. Com o novo aparelho vieram algumas mudanças notáveis, como o novo design mais refinado, tela com furo para câmera de selfies e troca de um hardware da Unisoc por uma opção mais conhecida da MediaTek. Mas pelo visto essa última mudança não trouxe o resultado esperado.

Mesmo mantendo a capacidade de 5.000 mAh na bateria, o Moto G22 entregou uma autonomia bem pior em nosso teste de simulação de uso real em comparação com o Moto G20, reforçando que o Helio G37 faz parte da antiga remessa da Mediatek que ajudou a empresa taiwanesa a receber uma fama ruim em termos de eficiência energética.

O Moto G22 até consegue competir com o realme C35, que curiosamente possui um chipset Unisoc e bateria de mesma capacidade, mas apresenta tela Full HD de 60Hz em vez de um painel HD de 90Hz como no Motorola. Em comparação com outros rivais como Redmi 10 Prime e Moto G31, porém, o novo modelo fica bem para trás.

De qualquer forma, as mais de 22 horas de uso em nosso teste mostram que o Moto G22 será capaz de aguentar tranquilamente um dia inteiro de uso mais intenso longe da tomada, podendo chegar até mesmo a dois dias caso você pegue leve com ele.