Dell 23 Jun
Um dos sistemas de código-aberto mais queridos da comunidade Linux acaba de lançar sua nova versão. O Ubuntu 21.04 foi disponibilizado em seu site oficial na última quinta-feira (22) e conta com novos recursos altamente antecipados pelos usuários nos seis meses de seu desenvolvimento — em destaque, adoção de um novo servidor de exibição.
O Ubuntu 21.04 deverá ser uma distribuição sem suporte de longo prazo (LTS), recebendo patches de segurança e outras atualizações até janeiro de 2022. Os usuários podem optar pela versão de maior estabilidade — Ubuntu 20.04 — que receberá atualizações pelos próximos quatro anos e adquiriu alguns dos recursos integrados à versão mais recente.
Ter o Linux 5.11 como seu kernel faz com que o Ubuntu 21.04 ofereça um amplo suporte a processadores mais recentes. A AMD, por exemplo, otimizou os drivers de algumas de suas APUs na arquitetura Zen 2 e Zen 3 no sistema, enquanto as GPUs dedicadas da Intel não precisarão de patches extras para funcionar. O suporte ao Intel SGX também pode ser citado como um recurso de segurança para o sistema.
O suporte oferecido por um hardware mais recente possibilita que o Ubuntu seja equipado com o servidor Wayland, que substituirá o servidor X Window System. Com os novos protocolos para sua interface gráfica, o sistema operacional poderá oferecer maior fluidez e desempenho para os usuários, além da melhor compatibilidade com recursos avançados de exibição, como o fractional scaling. Contudo, para usuários que utilizem placas da NVIDIA, o protocolo X11 deverá continuar padrão.
Um novo tema escuro responsivo do sistema permite que sejam realizados ajustes de acessibilidade e navegação, sendo padrão em widgets e outros objetos da área de trabalho, tais que foram redesenhados para um conjunto mais simples. O Ubuntu já contava com os temas claro e escuro há um bom tempo, adotando como visual padrão a mistura de ambos na nova versão.
A ausência do GNOME 40 é notável na distribuição, o que quebrou um padrão de que os lançamentos do Ubuntu incluam a versão mais recente do ambiente gráfico padrão. Vale destacar que outros sistemas já possuem o recurso por padrão. É possível que essa falta seja compensada pelos desenvolvedores com um software mais adaptado às exigências dos usuários. Por ora, a atual versão do Ubuntu não integra a quarta versão do GTK e está sendo distribuída oficialmente com GTK3.
As distribuições do Ubuntu — mais conhecidos como "sabores" — ganharam novas versões para substituir o GNOME por ambientes alternativos. O Kubuntu 21.04 recebeu os frameworks KDE 5.8 e KDE Plasma 5.21 para uma nova e mais estilosa interface gráfica equipada com um novo recurso de monitoramento do sistema, melhorias no tema escuro e o novo tema "Breeze Twilight".
O Plasma 5.21, que adquiriu suporte otimizado para o servidor Wayland, assumiu uma forma semelhante aos sistemas operacionais de código fechado rivais — Windows e macOS — como o menu principal semelhante ao popular "Iniciar" do sistema da Microsoft.
Outro mod popular recebeu atualização para a versão 21.04 — o Lubuntu conta com um design leve e simples, que recebeu novos frameworks e aplicações para um melhor controle do sistema. Além destes, o Ubuntu MATE também recebeu a versão com mudanças no tema, bem como um novo tema chamado "Yaru MATE".
Além das significativas mudanças no design, o Ubuntu 21.04 foi disponibilizado com as versões atuais dos apps de seu ecossistema, como o LibreOffice (suíte corporativa). O Mozilla Firefox e o Thunderbird também tiveram suas versões recentes instaladas por padrão. Graças ao Linux 5.11, o sistema contará com suporte ao Wi-Fi 6E e às GPUs NVIDIA RTX 3000 na arquitetura Ampere.
Tendo que é um software com severas otimizações, o sistema conta com requisitos mínimos de hardware modestos, tais que atendem à grande maioria das plataformas atuais e já está disponível para download em seu site oficial.
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