O realme C35 chega ao Brasil como mais um celular entrada da marca chinesa para compor o portfólio no mercado nacional. Ele havia sido confirmado pela fabricante desde uma semana antes do lançamento e agora já está na nossa bancada, para você saber tudo o que o smartphone pode entregar.

E aí, será que o novo basicão da realme tem características que possam interessar ao consumidor brasileiro? É hora de você conferir os detalhes neste Hands-on, aqui no TudoCelular.

Começando pelo visual, este celular tem o que a marca chama de Design Dynamic Glowing, pensado em oferecer uma inspiração futurista para dar uma personalidade ao dispositivo. Ele tem ainda uma moldura de material 2D em 90 graus, que deixa o celular parecendo mais premium do que apenas um básico com construção de plástico em todo o corpo.

Ainda na traseira, temos um bloco de câmeras com fundo da mesma cor da tampa, para parecer mais discreto. Ele fica posicionado do lado esquerdo, com os sensores distribuídos em diagonal. Lá embaixo, também à esquerda, aparece o logo da marca.

Você somente vai notar que falamos de um modelo de entrada quando olhamos este portátil de frente. Isso porque ele vem com notch em forma de gota ainda, sem contar as bordas maiores que outros mais caros. O produto tem uma espessura de 8,1 milímetros e pesa 189 gramas.

Um diferencial aqui está na certificação TÜV Rheinland de Alta Confiabilidade. Isso garante que o smartphone possui durabilidade e resistência. Mais um para a lista de “duros na queda” da realme no Brasil. Mas você não terá aqui uma certificação IP, contra poeira e líquidos, e o vidro Panda Glass também não oferece toda a proteção que um Gorilla Glass possui.

O C35 ainda vem com um leitor de impressões digitais localizado na lateral e uma gaveta tripla para dois chips de operadora e um cartão de memória microSD. Ele tem a quinta geração de Wi-Fi e Bluetooth, porém nada de NFC por aqui, para usar em pagamento por aproximação.

Na caixa dele, você encontrará além do aparelho em si, o cabo de dados, acompanhado de um carregador de 18 Watts; a chave para abrir a gaveta de chips; e os manuais do usuário.

O novo basicão da realme possui uma tela de 6,6 polegadas, com resolução Full HD+. Ela vem no material IPS LCD, o que é esperado para um aparelho deste segmento, então não espere um brilho forte aqui.

A taxa de atualização do display não surpreende também e fica limitada a 60 Hertz. Ou seja, nada de uma fluidez maior para as animações do sistema. O aproveitamento frontal fica na casa de 84%. Não espere suporte a HDR10+ nem qualquer extra para reprodução de vídeos com maior qualidade.

E o que temos em som? A chinesa mais uma vez economizou e colocou apenas um alto-falante mono neste dispositivo, o que deve desagradar quem curte uma maior imersão na hora de ouvir músicas ou ver filmes. Mas não chega a ser uma surpresa, pelo segmento que ele se encaixa.

Pelo menos, o realme C35 é acompanhado de um conector físico no padrão P2, para você conectar seus fones de ouvido nele e ter uma qualidade de áudio superior.

Para esta geração, a fabricante resolveu trocar a plataforma móvel da MediaTek por uma da Unisoc. Por isso, o usuário encontrará um Tiger T616, produzido na litografia de 12 nanômetros. Ele tem oito núcleos, compostos por dois um pouco mais potentes e os outros seis pensados em eficiência energética. Já a GPU é a Mali-G57 MP1. Não espere suporte à rede 5G neste conjunto.

Nas memórias, a variante do C35 que desembarca no Brasil vem equipado com 4 Giga de RAM e 64 Giga de espaço interno. Sempre bom reforçar que há a possibilidade de expandir o armazenamento com um cartão de memória, caso queira.

A bateria foi um regresso em relação ao antecessor, uma vez que a capacidade baixou de 6.000 para 5.000 miliamperes-hora. Ainda assim, é bem provável que o celular fique por muitas horas longe da tomada. Mas só saberemos direito como ele vai se comportar na autonomia nos nossos futuros testes padronizados.

Pelo menos, o carregamento rápido de 18 Watts foi mantido, o que garante um tempo não tão grande para chegar nos 100% de volta. E reforçando o que já citamos lá no início, a empresa manda o adaptador compatível na embalagem, para você conectar na porta USB-Tipo C do portátil.

O celular sai da caixa com o Android 11 como sistema operacional, sob a interface personalizada da realme. Ele chega com o pacote de segurança de março de 2022, ou seja, não muito desatualizado em relação ao momento de produção do Hands-on.

Como falamos de um smartphone de entrada, não espere atualizações frequentes e prolongadas nele. Mas os dois anos de pacotes de segurança exigidos pelo Google estão garantidos.

O conjunto de câmeras deste dispositivo tem três sensores, liderados pelo principal de 50 megapixels. Ele está melhor do que o do antecessor e ainda conta com Inteligência Artificial, para aprimorar as fotografias capturadas.

Para completar o trio, está uma lente macro de 2 megapixels, para registros bem de perto do objeto e com foco automático; e uma básica de 0,3 megapixel para desfocar o fundo, quando for usar o modo retrato.

Em vídeos, não espere uma performance tão aprimorada nem um sistema de estabilização que consiga lidar com os tremidos. A resolução também fica apenas na Full HD, limitada a 30 fps. Pelo menos, você terá suporte a HDR, para melhorar as fotos contra o Sol.

Do outro lado, o C35 tem apenas uma câmera frontal, de 8 megapixels. Ela também é compatível com HDR, porém os vídeos ficam bem restritos e não passam da resolução HD a 30 fps. Um retrocesso se comparado com a geração passada, que filmava em Full HD de frente.

O novo basicão da realme chega ao mercado brasileiro para ser mais uma opção de celular básico da marca a quem não tem tantas exigências em especificações. Pensando nisso, ele foca em entregar um design com alguns diferenciais, seja na pintura do corpo ou por ser “duro na queda”, com a certificação TÜV Rheinland.

Outra prioridade da fabricante aqui foi entregar uma quantidade de armazenamento para não deixar o usuário na mão tão fácil, com a possibilidade de expandir o tamanho com um cartão microSD.

O conjunto de câmeras manteve a base da geração passada, com melhorias principalmente no sensor principal. Mesmo assim, a fabricante insiste em deixar de fora uma lente ultrawide do trio.

Em multimídia, não surpreende o som apenas mono e o display IPS LCD de apenas 60 Hertz. A tela ficou um pouco maior e com um aproveitamento frontal superior, só que ainda vemos bordas tradicionais de um modelo mais simples. Ao menos, agora temos resolução Full HD+.

No papel, o chip Unisoc não traz tantas evoluções em relação ao Helio G70 do C25, porém teremos certeza apenas quando fizermos os nossos testes multitarefas. Isso também inclui a bateria, que perdeu 1.000 miliamperes-hora de capacidade no C35, mas ainda não sabemos se alguma outra otimização vai poder compensar essa perda na duração real. São temas que responderemos na nossa análise completa, então não deixe de ficar ligado por aqui.

O realme C35 desembarca no país nas cores preta, também chamada de Glowing Black, e verde, conhecida como Glowing Green. Apesar de confirmado para chegar até o Dia das Mães, juntamente com o GT 2 Pro, a data de lançamento e os preços ainda não foram divulgados.

Acredita que vai ser uma boa opção no mercado de smartphones básicos do país? Quais foram as características do C35 que mais te chamaram a atenção? Diga para a gente no espaço abaixo.