Uma das principais fabricantes de smartphones do mundo, e referência em tecnologias de displays, a Samsung também vem ganhando bastante espaço no segmento de sensores de imagem. A sul-coreana lançou em julho seu ISOCELL GN1 de 50MP, que já chegou a ser utilizado pela vivo em sua linha iQOO 5, e trouxe ao mercado no mês passado quatro novos modelos que atingem os 108MP de resolução.

Agora, a companhia acaba de detalhar seu próximo grande sensor de imagem, que promete trazer maior densidade de pixels e melhor eficiência energética enquanto mantém o tamanho dos sensores tradicionais. Trata-se de uma solução que substitui os chips de 65nm e 28nm usados atualmente por uma combinação de componentes contendo 65nm e 14nm.

O chip Backside-Illuminated (BSI) do topo, no qual encontra-se a camada que contém os pixels, conta com 12MP e se mantém nos 65nm, enquanto o chip da base, que acomoda os circuitos de processamento, foi reduzido para 14nm. Segundo a Samsung, essa mudança gera uma queda de respeitáveis 29% no consumo energético comparado ao combo 65/28nm tradicional.

A fabricante afirma que o sensor é capaz de capturar 120 quadros por segundo consumindo apenas 612mW, com seus requerimentos de energia para os processos analógicos e digitais reduzidos de 2,8V para 2,2V e de 1,05V para 0,8V, respectivamente. Em resumo, o componente consumiria menos energia, enquanto aumenta a transferência de dados e reduz o ruído.

Outro grande benefício reside na densidade de pixels, que deve se traduzir em sensores menores e consequentemente em smartphones mais finos. Em um comparativo da Samsung utilizando a nova tecnologia, um sensor de 16MP com pixels de 1,0um apresenta mesmo tamanho de um sensor de 13MP com pixels de 1,12um. Ainda que pixels menores sejam menos sensíveis à luz, a fabricante ressalta as funções de combinações de pixels, como a Tetracell (2x2) e a Nonacell (3x3) já usadas em sensores atuais.

Por fim, a Samsung afirma que seu sensor 65/14nm será crucial no futuro das gravações em 8K, considerando que o consumo energético é um dos principais problemas enfrentados pelos smartphones capazes de gravar na resolução. Infelizmente, a companhia não deu um prazo para o lançamento do componente, nos restando apenas ter a esperança de que algum top de linha de 2021 equipe a novidade.