Apple 29 Nov
Após o anúncio em outubro, as memórias GDDR7 de 42,5 Gbps da Samsung para placas de vídeo premium ganharam data para receber mais detalhes: fevereiro de 2025. Durante conferência dedicada a armazenamento, RAM e SoCs em geral, a gigante sul-coreana deve explicar como atingir a velocidade extrema, um sinal de que poderemos ver GPUs com a solução no futuro.
A descoberta foi feita pelo portal VideoCardz ao analisar a lista de palestrantes que estarão na International Solid-State Circuits Conference, ou ISSCC 2025, feira anual de grande importância para o mercado de memórias.
Entre os registros, a Samsung confirmou que detalhará os ajustes necessários para atingir a velocidade de 42,5 Gbps com o protocolo GDDR7, quase duas vezes mais rápida que a VRAM GDDR6X mais veloz disponível atualmente — presente na NVIDIA GeForce RTX 4080, o componente atinge "apenas" 23 Gbps.
A palestra é de grande importância por reforçar que a velocidade extrema é de fato alcançável, mostrando um planejamento mais certo por parte da Samsung, que até então não entregou promessas dos limites da geração anterior — a marca havia sugerido ser capaz de oferecer RAM GDDR6 em velocidades de até 24 Gbps, mas a maioria das soluções da sul-coreana empregadas em GPUs estão limitadas a 21 Gbps.
Na ocasião de realmente haver uso prático de chips GDDR7 rodando a 42,5 Gbps, podemos esperar por upgrades massivos no sistema de memória das placas de vídeo da próxima geração, em especial da NVIDIA, que já teve o uso desse novo protocolo apontado em rumores.
Pensando especificamente na suposta GeForce RTX 5090, esperada para adotar uma interface de 512-bit, VRAM nesta velocidade poderia garantir uma taxa de transferência de 2,5 TB/s, mais de 2,5 vezes mais que o oferecido na RTX 4090, cujas taxas são de cerca de 1 TB/s.
Dito isso, o mais provável é que a maioria das placas aposte em velocidades de 40 Gbps, o que reduziria a taxa da RTX 5090 para "apenas" 1,7 TB/s, salto ainda muito respeitável de 70% de uma geração para outra. Em resumo, as taxas elevadas garantem que a GPU está sempre alimentada de dados, podendo oferecer mais performance em jogos mais exigentes e resoluções mais altas.
Há outro benefício da GDDR7 que deve ser amplamente usado: a maior densidade. Enquanto chips GDDR6X têm 16 Gb de densidade, totalizando 2 GB de capacidade por chip, as soluções GDDR7 chegam aos 24 Gb, o que resulta em 3 GB por chip.
Essa característica deve permitir que placas de vídeo exijam menos chips de memória para oferecer maior capacidade de VRAM. Se tomarmos como exemplo a interface de 128-bit da RTX 4060, que possui quatro chips de 2 GB para totalizar 8 GB, seria possível oferecer 12 GB de VRAM usando os mesmos quatro chips no padrão GDDR7 — um possível vislumbre da RTX 5060.
É provável que saibamos mais detalhes dos planos da NVIDIA, bem como da AMD e até da Intel para futuras placas de vídeo muito em breve, possivelmente durante a CES 2025, marcada para janeiro. Na ocasião, as companhias devem deixar claro se já apostarão em memórias GDDR7, e exatamente quais velocidades serão adotadas.
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