Economia e mercado 26 Abr
Aplicada desde a Receita Federal até rede da Samsung na plataforma Ethereum, a tecnologia blockchain ainda desperta a curiosidade das pessoas e também gera dúvidas a respeito do seu funcionamento.
Para esclarecer essa e outras situações a respeito do recurso, a coluna Detetive TudoCelular separou as principais informações de criação, aplicação e algumas características do blockchain. Confira a seguir:
O blockchain consiste em um sistema que consegue monitorar tanto o envio quanto o recebimento de informações pela internet. Ele é muito utilizado em transações de criptomoedas, devido ao seu surgimento em 2008, como um conceito definido pelo suposto criador do Bitcoin.
Apesar de ter surgido com o foco voltado às moedas digitais, essa tecnologia de segurança permite a utilização em diversas outras áreas, tais quais validação de documentos, rastreamento de encomendas e votações.
Na prática, o blockchain funciona como um livro contábil. Ele tem como principal objetivo o registro de transação com criptomoeda, mas o faz com segurança e não permite modificações.
Entre os dados que ficam anotados na tecnologia, estão a quantia envolvida na negociação, a pessoa que enviou e a que recebeu, a data da transação e a parte do “livro” onde houve o registro. O armazenamento de todas as informações fica em espécie de blocos, cada um com tempo e data, dependentes entre si e em formato de cadeia.
Hash e dificuldade de ataque
Cada bloco conta com um resumo dos dados contidos nele – que recebe o nome de Hash – e no anterior, além da informação completa. Desta maneira, o Hash de um bloco deve ter compatibilidade com o do seu antecessor, para criarem a dependência.
Essa característica dificulta o ataque por meio de um cibercriminoso. Isso porque, para descobrir a informação de um bloco no meio da “corrente”, o hacker deve ter acesso ao primeiro bloco e tentar o controle da maioria simples dos computadores.
Contudo, a cada 10 minutos, o próximo bloco é formado. Ou seja, o atacante precisa realizar todo o procedimento em um período inferior e, conforme a cadeia fica maior, mais tempo levaria para conseguir chegar no dado desejado.
Diferente de outras tecnologias de segurança, as quais guardam as informações das transações em um computador central, o blockchain permite que milhares de computadores pelo mundo tenham uma cópia integral do banco de dados.
A maior confiabilidade neste modelo se baseia na falta de apenas um ponto de ataque. Desta maneira, se alguém tentar roubar os dados, ele será tirado a força da rede, uma vez que os registros estão presentes em mais máquinas – as quais expulsariam o hacker.
Além disso, a adição de uma informação no blockchain necessita do reconhecimento da legitimidade por uma maioria simples. De acordo com o CEO da Rhizom – empresa desenvolvedora de soluções de blockchain –, Luciano Britto, esse recurso é essencial para diversos setores.
“O blockchain se mostrou o melhor caminho para a implementação desses recursos e nos possibilitou iniciar o desenvolvimento de soluções integradas com maior escalabilidade, através de ferramentas proprietárias extremamente refinadas, entre elas contratos inteligentes mais robustos e ferramentas de automação em escala.”
Luciano Britto
CEO da Rhizom
Para a sua evolução no futuro, o blockchain vai precisar principalmente resolver o paradoxo de ser um modelo de segurança confiável, mas precisar da confiança plena dos seus potenciais usuários para aplicá-lo.
De acordo com um levantamento recente da Trust Barometer, somente 55% dos respondentes confiavam na tecnologia blockchain. Com a adesão das empresas ao recurso, a tendência é que cada vez mais seja um método com grande aceitação para diversos usos.
Qual é a sua avaliação a respeito do uso da tecnologia blockchain? Compartilhe conosco a sua opinião!
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