25 Abril 2024
No início de junho a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado o pedido de importação excepcional da vacina indiana Covaxin contra o coronavírus, mas com algumas restrições.
A aceitação veio após a fabricante Precisa fornecer mais documentos e definiu que 4 milhões de doses do imunizante seriam utilizadas em estudos clínicos, com situações específicas de aplicação e acompanhamento para quem as tomou.
No entanto, a Anvisa divulgou hoje que cancelou definitivamente os ensaios com a vacina indiana, pois a Precisa deixou de representar o imunizante no país. Com isso, a suspensão da compra do imunizante pelo Ministério da Saúde — que já estava prevista por conta de suspeitas de corrupção — deve ser concluída de vez.
A empresa Bharat Biotech Limited International, fabricante da Covaxin, informou à Anvisa que a Precisa não tinha mais autorização para representar a farmacêutica no Brasil. Segundo o órgão regulador brasileiro, não chegou a haver aplicação da Covaxin em voluntários. Em comunicado oficial, a Anvisa declarou que:
A decisão foi tomada após avaliação técnica de que o fim da autorização da empresa Precisa para representar a vacina no país inviabiliza o cumprimento da normativa que trata da condução dos estudos clínicos de vacinas no país.
A Covaxin, criada pelo laboratório Bharat Biotech, utiliza uma técnica similar à CoronaVac. Isso significa que aqui temos uma vacina de vírus inativado, a qual utiliza o próprio SARS-CoV-2 “morto” para a criação do produto.
Em estudo preliminar dos dados da Fase 3, a Covaxin foi capaz de gerar uma eficácia de 78% em casos sintomáticos. Em outras palavras, ela diminuiu em 78% os casos de Covid-19 no grupo vacinado, na comparação com o grupo controle. Além disso, os dados indicaram para ser 100% eficaz na redução de casos graves.
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