Segurança 02 Fev
O Japão pode aplicar sanções "mais brandas" que os Estados Unidos contra a China quando o assunto é a venda de máquinas para a produção de chips. A informação foi confirmada por um influente parlamentar ligado ao governo japonês.
De acordo com o deputado, por mais que o Japão tenha aderido ao consórcio proposto pelo governo estadunidense, a posição de Tóquio é muito mais neutra. Comentando o assunto, o ex-ministro da Economia do Japão, Akira Amari, foi na mesma linha do parlamentar.
Os Estados Unidos estão sendo rigorosos, mas há uma questão para saber se temos como corresponder a isso. O que compartilhamos com eles é apenas um reconhecimento da preocupação com o uso dos equipamentos.
Caso a previsão japonesa se confirme, o governo do presidente Joe Biden terá muitos problemas pela frente. Isso porque fabricantes dos Estados Unidos podem perder vendas para empresas japonesas e até mesmo holandesas.
As sanções só funcionam quando todos os aliados trabalham com os mesmos termos. Caso o Japão não siga as regras restritas de Washington, muito provavelmente a China continuará comprando equipamentos de origem japonesa.
Por fim, Amari disse à Reuters que o governo japonês já informou que o acordo está sendo costurado, mas atualmente apenas os Estados Unidos o reconhece publicamente.
Governos e empresas estão preocupados com a questão e é preciso de aprofundar nela para encontrar até onde essa linha precisa ser traçada.
Cabe lembrar que um grupo de empresas de chips dos Estados Unidos já alertou que o país corre o risco de perder mercado para Japão e Holanda caso os dois países adotem sanções mais brandas.
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