27 Julho 2016
A Mozilla tentou mas ainda não conseguiu obter do FBI as vulnerabilidades que os agentes exploraram em uma investigação sobre um site de pornografia infantil. O juiz distrital de Washington, Robert Bryan, recusou os pedidos da organização desenvolvedora do navegador que deseja saber quais são as falhas do software. O caso teve início em 2015, quando o FBI apreendeu os servidores do site Playpen, hospedado na rede Tor.
Na ocasião, os investigadores se aproveitaram de uma vulnerabilidade de segurança no navegador do Tor, que é baseado no Firefox. Durante a operação, o FBI conseguiu instalar um malware que apontou as localizações dos usuários do site. Como resultado, mais de duzentas pessoas foram presas, incluindo um réu em um dos casos do juiz Bryan.
A Mozilla pediu os detalhes da vulnerabilidade quando Bryan ordenou que os procuradores divulgassem a falha para os advogados do réu. A empresa queria obter esses detalhes antes, a fim de consertar a falha de segurança. No entanto, o Departamento de Justiça conseguiu convencer o juiz a anular a sua própria decisão por uma questão de segurança nacional.
Uma vez que os promotores não precisam agora compartilhar os detalhes das falhas com os advogados do réu, Bryan decidiu que o pedido da Mozilla não era mais sustentável.
A Mozilla respondeu em um comunicado que diria ao governo "que a coisa mais segura a fazer para a proteção do usuário é divulgar a vulnerabilidade e permitir que ela seja corrigida". De acordo com a Reuters, o departamento de justiça se recusou a comentar.
Outros réus dos EUA e do mundo estão enfrentando acusações trazidas por essa operação do FBI. Em um dos casos, um juiz desconsiderou as evidências dos federais, porque eles usaram um mandado inválido para realizar o hack através do malware.
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