Para corrigir um bug de longa data que poderia permitir a visualização de URLs restritas e às vezes revelar respostas de teste, os administradores de TI logo serão capazes de bloquear o Google Chrome e o Microsoft Edge de ter acesso ao código fonte das páginas web. A proposta de política empresarial afetaria administradores de dispositivos e contas de propriedade de uma empresa ou organização.

Como explicação rápida e simples, quando você navega para um website, seu navegador recebe o código HTML, CSS e JavaScript da página a partir do servidor. Seu navegador irá então interpretar e renderizar esse código em uma página da web apropriada.

Mesmo depois de todo esse trabalho de renderização, você ainda pode visualizar o código bruto de uma página pressionando Ctrl+U ou clicando com o botão direito do mouse em algum lugar da página e selecionando "Ver fonte da página". É possível até mesmo obter uma visualização interativa do código usando as DevTools do Chrome, abertas ao pressionar F12 ou Ctrl+Shift+I.

Estas ferramentas são especialmente úteis para desenvolvedores web, de iniciantes absolutos a especialistas, para depurar problemas com seus próprios sites ou simplesmente aprender mais sobre como seus sites favoritos foram feitos.

Porém, nem sempre os meios levam a bons fins: administradores de TI de escolas descobriram que algumas ferramentas de teste online, como os formulários do Google, vazavam, em alguns casos, as respostas corretas às perguntas através do código fonte da página.

Membros da equipe Chromium procuraram resolver este e outros problemas relacionados à privacidade do código fonte, mas ainda não haviam tomado nenhuma ação decisiva.

Agora, a Microsoft entrou com uma solução que bloqueia corretamente a capacidade de visualizar o código fonte se um determinado site estiver na lista de bloqueios de uma organização. Isso é projetado para ser emparelhado com outra política existente, que pode bloquear completamente o uso das DevTools da Chrome.

Sem surpresa, dar aos administradores a capacidade de bloquear a visualização do código-fonte de todos os sites desagradou entusiastas, visto que diversos desenvolvedores utilizaram e ainda usam a visualização de códigos fonte de várias páginas como ferramenta de estudo para web development.

Pode-se argumentar que os administradores estão dentro de seu direito de desativar certas características dos dispositivos que dão aos estudantes e funcionários, mas para algumas crianças, o Chromebook que recebem da escola pode ser o único computador ao qual eles têm acesso.

Nesta situação, o bloqueio completo da capacidade de visualizar o código fonte poderia ser visto como potencialmente sufocando a curiosidade de uma criança sobre como a Internet funciona.

Como a mudança foi adicionada ao Chromium apenas nos últimos dias, a nova política empresarial não terá efeito até a versão 98 do Google Chrome e Microsoft Edge.

Qual a sua opinião sobre essa mudança de política? Conte para a gente nos comentários!