Se você teme um fim do mundo causado pelo impacto de um asteroide com nosso planeta, você não está sozinho. Há motivos para a preocupação, já que esses pedregulhos espaciais costumam passar perto o suficiente para deixar os cientistas atentos. Acontece que eles têm alguns planos como este, e novas possibilidades estão sendo estudadas.

Uma equipe de cientistas russos está trabalhando na ideia de explodir os asteroides, e alguns testes estão em andamento, com explosões em miniaturas de meteoros dentro de um laboratório. A ideia não é nova, mas a equipe russa calculou quanta energia seria necessária para realizar isso em um cenário real.

De acordo com o estudo, que foi publicado no Journal of Experimental and Theoretical Physics, "a destruição inegável de um asteroide condrítico de 200 metros de diâmetro a partir de uma explosão nuclear com energia de mais de 3 Mt foi mostrada ser possível”.

Pois é, seria necessaria uma explosão nuclear com mais de 3 Megatons (Mt). Embora esteja longe de ser o maior poder de fogo que a humanidade já construiu em termos de bombas atômicas, isso já seria capaz de fazer um estrago significativo aqui na Terra. Só pra se ter uma ideia, seria uma bomba 200 vezes mais poderosa do que a usada em Hiroshima (de 15 Kilotons).

O teste abaixo de uma bomba de 3 Mt foi conduzido pelos ingleses em 28 de abril de 1958.

Esse estudo, claro, ainda não foi testado em um caso real. Os pesquisadores do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou, do Centro Nuclear Federal Russo e do ROSATOM usaram um pulso de laser para destruir um modelo de asteroide de quatro milímetros, baseado na composição de fragmentos de meteorito.

A energia usada foi o suficiente para o tamanho: 200 joules. Para chegar aos 3 Mt, os pesquisadores calcularam as proporções do objeto alvo e da energia usada. Ainda há de se confirmar como seria explodir um asteroide de verdade, com seus 200 metros, em um ambiente de gravidade zero.

Ainda existe muito trabalho a ser feito, já que asteroides podem variar bastante em sua composição. Enquanto alguns são pedaços enormes de rocha (como é o caso dos condríticos, os mais comumente encontrados), outros são um punhado de destroços unidos por um campo gravitacional minúsculo. Os pesquisadores ainda devem se aprofundar nos estudos do efeito de seus lasers em outros tipos asteroide.