Presente no mercado há alguns anos em parte graças aos leitores de livros digitais como o Kindle, as telas e-Ink se tornaram uma interessante opção para dispositivos que desejam oferecer informações básicas e economizar energia, graças ao padrão de "impressão" conferido à essa tela.

Dentre os dispositivos que já vimos se beneficiar da tecnologia em questão, tivemos de smartwatchs a smartphones, passando inclusive por um notebook da Lenovo, o ThinkBook Plus que foi apresentado nesse ano durante a CES.

No entanto, uma curiosa invenção feita por um engenheiro do Google com uma tela e-Ink chamou a atenção do mundo da tecnologia não pela inovação ou praticidae mas sim, pela proposta pouco usual: o Paper que nada mais é que uma grande tela para a projeção da primeira página do jornal The New York Times em tamanho natural.

Com incríveis 31,2 polegadas, o projeto foi desenvolvido pelo norte-americano Max Braun e não traz inovações adicionais como a exibição de links, multimidia, visualização de outras páginas e mais, sendo o conceito baseado nos principios do chamado Calm Technology, que visam proporcionar tecnologias que exijam o minimo possível da atenção e entreguem o necessário a usuários para resolver seus problemas.

Segundo a publicação feita pelo próprio engenheiro em sua página no Medium, o projeto roda o sistema Linux com um software custonmizado e que combina códigos como o Python, C e shell scripts em Bash), sendo esse responsável por baixar através do Wi-Fi toda noite a primeira página do jornal, atualizando assim a exibição para o dia seguinte.

Criado apenas para uso pessoal, o Paper não foi barato e custou ao todo mais de US$ 2.000 (~R$ 8.695), sendo US$ 1.500 da tela monocromática e mais US$ 500 da controladora. Caso a aposta fosse de criar uma versão com tela colorida, o projeto final subiria ao menos US$ 500 devido ao valor do display utilizado.

Apesar de todo o investimento e implementações feitas, o engenheiro considera o resultado "não satisfatório" devido ao contraste e resolução abaixo do esperado para proporcionar boa experiência no dispositivo que fica colado na parede como um quadro (ou como um jornal exposto numa banca, se assim preferir).

E aí, você gostaria de ter algo assim na sua casa? Conta pra gente nos comentários!