Em meados de maio vimos alguns detalhes de um estudo que aponta a possibilidade de o misterioso Planeta Nove ser, na verdade, um buraco negro. Essa teoria começou a ser estudada após a constatação de que há uma aglomeração de objetos cósmicos perto de Netuno.

Para buscar mais compreensão sobre isso, o físico Ed Witten – do Instituto de Estudos avançados de Princeton – sugeriu, inicialmente, enviar uma enorme frota de naves espaciais minúsculas para estudar o comportamento do corpo celeste com a aproximação de objetos como as naves. Nesta publicação é explicado um pouco melhor sobre esse estudo.

Agora, a comunidade científica que analisa o Planeta Nove adicionou mais alguns detalhes sobre a teoria do buraco negro que, se for esse mesmo o caso, está em seu estado inicial.

Para esclarecer as dúvidas que cercam esse tópico, cientistas da Harvard e da Black Hole Initiative lideram a missão LSST (Legacy Survey of Space and Time), que deverá fazer novas observações por meio do telescópio do Observatório Vera C. Rubin, no Chile, que ainda está em construção e deverá ficar pronto em 2022.

De acordo com um artigo sobre o projeto, que foi aceito pela ‘The Astrophysical Journal Letters’, o equipamento analisará o Sistema Solar repetidamente, entregando dados jamais vistos antes.

Com este estudo, os cientistas irão estudar as explosões de acréscimo perto da nuvem de Oort, região do Sistema Solar que é cheia de objetos trans-netunianos, que é considerada uma espécie de "berçário" de cometas. “Nas proximidades de um buraco negro, os pequenos corpos que se aproximam dele derretem como resultado do aquecimento do acúmulo de gás do meio interestelar no buraco negro”, explicou Amir Siraj, estudante de astronomia de Harvard e coautor da pesquisa.

Por outro lado, para o físico Dr. Avi Loeb, professor na universidade de Harvard que também participa do projeto, se os estudos revelarem a existência de um nono planeta, outras questões surgiram sobre ele: “Encontrar o Planeta Nove é como descobrir um primo morando no galpão atrás de sua casa que você nunca conheceu. Isso imediatamente levantaria questões: por que ele está lá? Como conseguiu suas propriedades? Isso moldou a história do Sistema Solar? Há mais coisas como ele?”