Tech 14 Jul
Em fevereiro deste ano a NASA, em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA, sigla para o inglês European Space Agency), lançou o satélite de observação Solar Orbiter, para estudar “mais de perto” o sol.
Essa missão, que foi financiada pelas duas agências espaciais, sofreu alguns atrasos e, finalmente, após alguns meses de seu lançamento, obteve algumas imagens bem próximas do sol em sua primeira passagem pela estrela.
Holly Gilbert, cientista da NASA que faz parte do projeto, comentou sobre as imagens obtidas e comemorou o resultado, que poderá ajudar a comunidade científica a compreender melhor o trabalho do Sol e sua importância sobre a superfície terrestre, bem como em outras regiões do sistema solar: “Essas imagens surpreendentes ajudarão os cientistas a juntar as camadas atmosféricas do Sol, o que é importante para entender como ele conduz o clima espacial perto da Terra e em todo o sistema solar.”
Para obter as imagens, a sonda – que foi enviada pelo foguete Atlas V 411 – voou a uma distância de 48 milhões de milhas – equivalente a cerca de 77,2 milhões de quilômetros – do sol. Com isso, o captador de imagens ultravioletas extremas (EUI – Extreme Ultraviolet Imager) foi capaz de identificar vários focos com uma espécie de “fogueira” na estrela, conforme explicação do astrofísico David Berghmans, do Observatório Real da Bélgica, que as comparou com as explosões solares.
“As fogueiras de que falamos aqui são os sobrinhos de explosões solares, pelo menos um milhão, talvez um bilhão de vezes menores”, disse. “Ao olhar para as novas imagens EUI de alta resolução, elas estão literalmente em todos os lugares que olhamos.”
A primeira fase da missão, que quase sofreu outro atraso devido à pandemia do novo coronavírus, obteve resultados ainda melhores do que o que era esperado pela equipe, segundo Daniel Müller, cientista da ESA que faz parte do projeto Orbiter Solar. Os responsáveis por ele esperam obter detalhes ainda mais precisos sobre a estrela durante os próximos anos de estudo.
Outros planos da NASA para esse mês envolvem o lançamento de mais três missões à Marte para estudar nosso planeta “vizinho” e obter mais informações sobre ele.
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