Nesta semana, duas pesquisas se destacaram pelos benefícios que pretendem trazer para a Medicina. A primeira foi capaz de desenvolver uma pele artificial com velocidade de reação similar à pele natural, enquanto a segunda conseguiu a remissão da diabetes tipo 2 em ratos após a aplicação de hormônios diretamente no cérebro dos animais.

Agora, uma nova pesquisa curiosa acaba de ser divulgada por uma equipe de cientistas da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia (EUA). O time diz ser capaz de verificar se uma pessoa está ou não embriagada usando apenas o celular. O segredo por trás da tecnologia é um velho conhecido: o acelerômetro. O sensor, utilizado também em aplicativos fitness para contagem de passos e análise de outros dados, entregaria variações que diferenciam pessoas sóbrias de pessoas que tenham passado do limite no consumo de álcool.

O método de testes dos pesquisadores também seguiu um caminho curioso. O time reuniu voluntários, que tiveram celulares amarrados às costas e então colocados para realizar uma série de movimentos. Em seguida, os participantes foram solicitados a consumir um drink de suco de limão com grande quantidade de vodka, de modo que a concentração de álcool no sangue atingisse os 0,2 BrAC, mais que o dobro do limite legal de 0,08BrAC. O tempo máximo de consumo era de uma hora, como maneira de impedir a metabolização do álcool pelo corpo.

Já embriagados, os voluntários então repetirem os mesmos movimentos realizados enquanto estavam sóbrios. Utilizando modelos matemáticos individualizados, os cientistas obtiveram uma precisão de análise de 93%. “A eficiência detectada na caminhada é bastante precisa, e é por isso que a polícia usa o teste de sobriedade há décadas”, disse Emmanuel Agu, do Insituto Politécnico de Worcester (EUA), em referência aos testes de movimentação realizados por policiais há anos.

Segundo a equipe, o próximo passo da pesquisa é realizar as análises com o celular no bolso ou nas mãos dos voluntários, visando testes com cenários mais realistas. De toda forma, os resultados obtidos já demonstram a alta eficácia do novo método.