Tech 03 Jul
A Medicina vem avançando a passos largos nas últimas décadas, contando com pesquisas que encontraram novos métodos para examinar o coração por meio de microlasers, e obviamente inúmeros estudos que buscam uma vacina para barrar o avanço da COVID-19, estando os esforços da Rússia e do laboratório norte-americano Moderna em destaque. Agora, a mais recente novidade deve beneficiar usuários de próteses, pessoas que sofreram sérias queimaduras e até mesmo a área da robótica.
Cientistas da RMIT University, em Melbourne, na Austrália, acabaram de anunciar o desenvolvimento de uma pele artificial capaz de reagir a estímulos de dor, pressão e temperatura na mesma velocidade que a pele humana, de maneira quase instantânea. A tecnologia é composta por sensores elásticos extremamente finos e células de memória semelhantes às encontradas no cérebro.
"Nossa pele artificial reage instantaneamente quando a pressão, calor ou frio atingem um limiar doloroso. É um passo crítico em frente no desenvolvimento futuro dos sofisticados sistemas de feedback de que precisamos para fornecer próteses verdadeiramente inteligentes", disse Madhu Bhaskaran, líder da pesquisa.
A pele artificial atingiu o novo nível de velocidade replicando a estrutura dos neurônios, combinando as tecnologias de eletrônica extensível, que combina compostos de silício para desenvolver eletrônicos transparentes e inquebráveis, de revestimentos sensíveis a temperatura mil vezes mais finos que um fio de cabelo e as células eletrônicas de longo prazo para gravar e reter informações antigas.
A novidade ainda está em seu estágio inicial de desenvolvimento, e infelizmente ainda deve demorar para vermos seu uso prático. Ainda assim, seus usos já são claros, envolvendo próteses que entregam a sensibilidade da pele natural, enxertos de pele menos invasivos e sensíveis, bem como robôs capazes de replicar a fragilidade humana.
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