Os líderes das agências espaciais chinesa e russa, Zhang Kejian, da China National Space Administration (CNSA), e Dmitry Rogozin, da Roscosmos, assinaram acordo de parceria para exploração da Lua. O projeto, intitulado International Lunar Research Station (ILRS), é descrito como um experimento com o objetivo de alinhar pesquisas científicas multidisciplinares.

No início, a estação da CNSA e da Roscosmos provavelmente será composta de material espacial mais discreto, em comparação com a já bastante complexa e integrada Estação Espacial Internacional da NASA. Aparentemente a ILRS será construída no polo sul da Lua, sendo projetada para suportar o desenvolvimento de experimentos científicos variados e operação autônoma a longo prazo, isto é, sem tripulação a bordo.

As agências afirmaram que o acordo estará "aberto a todos os países e parceiros internacionais interessados", e que ambos os lados utilizarão de toda a experiência acumulada no setor da ciência espacial para desenvolver uma base lunar para pesquisa.

As atividades incluirão exploração e utilização, observação do cosmos em base lunar, experimentos científicos básicos e verificações técnicas.

Esse é mais um grande passo da China no desenvolvimento da ciência espacial longe da interferência de rivais. O país, que é proibido de trabalhar com a agência estadunidense NASA, lançou orbitadores, landers e rovers com o intuito de ampliar estudos em Marte e na Lua. No final de 2020, a complexa missão Chang'e 5 foi lançada com o objetivo para trazer amostras lunares.

Já a Rússia, que mantém parceria de longa data com a NASA na Estação Espacial Internacional, não demonstrou interesse em expandir as missões de exploração lunares com a agência estadunidense. O país não assinou o Acordo Artemis, pacto que estabelece normas para as atividades espaciais das nações ligadas ao Programa Artemis, e recusou entrada no projeto da futura estação lunar Gateway junto à NASA, Agência Espacial Europeia, Japão e Canadá.

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