Um grupo de cientistas japoneses da Universidade de de Osaka, no Japão, conseguiram recriar em laboratório uma pequena amostra artificial com base em materiais orgânicos da vaca wagyu, raça cuja carne pode custar até R$ 500 o quilograma, sendo considerada uma das mais caras do mundo.

O processo de fabricação das chamadas "carnes artificiais" não é algo novo, na verdade, Israel trabalha com essa tecnologia há bastante tempo, dispondo, inclusive, de uma fábrica capaz de cultivar carnes em laboratório e com capacidade para produzir até 500 Kg de alimentos por dia, algo em torno de 5 mil hambúrgueres.

A carne wagyu, no entanto, foi desenvolvida por cientistas japoneses que se basearam em elementos naturais do material para imprimirem em 3G um composto comestível e com propriedades semelhantes à carne. O início da pesquisa contou com a captação de dois tipos de células-tronco que foram modificadas pelos pesquisadores para que pudessem servir durante no estudo.

A partir daí, os cientistas criaram alguns compostos que estão presentes na carne real, como vasos sanguíneos, gordura e músculos. O resultado foi uma carne produzida em laboratório mas ainda não comestível, possuindo cerca de 5 milímetros de diâmetro, 10 milímetros de comprimento e 5 milímetros de espessura, dimensões pequenas.

O estudo explica que através da captação de imagens da carne foi possível desenvolver uma estrutura bastante semelhante com a real, incluindo na posição das células. O conjunto foi tratado utilizando a enzima transglutaminase para que ganhasse consistência sólida, embora continue não sendo comestível.

É esperado que a pesquisa continue avançando e consiga tornar a carne artificial comestível, porém isso ainda não há um prazo para acontecer e depende dos avanços tecnológicos.

Sabia que apenas 1 Kg da carne de wagyu custa cerca de R$ 450 no Brasil? Comeria essa carne feita em labotatório? Conta pra gente, comente!