Enquanto vivemos novas discussões acaloradas sobre o status planetário de Plutão e descobrimos mais semelhanças entre a Terra e Marte, nosso está se preparando para ficar o mais perto possível do Sol. Nesta terça feira (04), às 03:55 da madrugada (horário de Brasília), a Terra passa pelo periélio, o ponto de órbita mais próximo à estrela do nosso sistema.

No momento do periélio, nosso planeta fica a “apenas” 147.105.047 km do Sol, atingindo também sua maior velocidade orbital – cerca de 109.100 km/h. O evento é o contrário do afélio, que ocorre quando a Terra está a quase 5 milhões de quilômetros a mais de distância do Sol e sua órbita fica aproximadamente 3,6 mil km/h mais devagar.

Durante o periélio a Terra recebe mais radiação solar e, por estarmos mais próximos do Sol, a estrela nos parece ligeiramente maior. Em comparação com o afélio, o astro ganha cerca de 3,3% em tamanho na nossa perspectiva.

Na comparação abaixo, você confere fotos do Sol feitas por Romualdo Caldas e Ernande Júnior a partir de Maceió, Alagoas. A foto da esquerda foi feita no dia 2 de janeiro de 2021, quando a Terra passava pelo periélio. A da direita foi feita no dia 05 de julho de 2021, quando o planeta passou pelo afélio.

O evento de aproximação entre Terra e Sol, porém, não é a causa direta das altas temperaturas no Brasil. A sensação de calor generalizada no Hemisfério Sul durante esta época do ano ocorre devido à inclinação do eixo de rotação da Terra, responsável pelas estações do ano.

Nesse momento, em que estamos passando pelo verão, a inclinação deixa a metade sul do globo exposta ao Sol por mais tempo. Por receber maior insolação, as temperaturas por aqui tendem a ser mais elevadas, enquanto o contrário ocorre no Hemisfério Norte.