Tech 12 Jul
O uso indevido de antibióticos durante a pandemia provocou um aumento na resistência aos medicamentos. Pelo menos, é o que cientistas da Fundação Oswaldo Cruz afirmam após análise de dados de 2020, quando começou a pandemia causada pelo Coronavírus. Sumanth Gandra (Washington University) e Madhukar Pai (McGill Univesity) são os autores do estudo e comentaram sobre o problema:
Entre os candidatos a um possível tratamento [contra a covid-19] estava a azitromicina sozinha ou em combinação com outras drogas. Como resultado, muitos médicos no Brasil prescreveram azitromicina na tentativa de combater ou minimizar os efeitos da covid-19.
O Brasil, inclusive, é um dos países em que os pesquisadores apontam que o problema deve receber mais atenção. Além disso, as outras nações onde isso precisa ser atenção são Bangladesh, Jordânia, Paquistão e Índia. Os resultados obtidos pelos cientistas foram publicados na revista científica Frontier in Pharmacology.
Esse é mais um problema que surgiu devido à pandemia, que também gerou uma situação na qual bactérias resistentes a antibióticos apareceram com maior frequência em hospitais. No caso, o número chegou a triplicar e antes da pandemia surgir, a condição já era uma das principais causas de morte no mundo.
Uma solução para combater esse problema pode ser o hábito de tomar as vacinas. Isso porque os imunizantes conseguem reduzir essa resistência antimicrobiana, além de combater as doenças. Portanto, é válido dar a devida atenção a essa situação e tentar revertê-la, ainda mais no caso do Brasil, que foi apontado como possibilidade do problema se tornar maior.
Os pesquisadores, por sua vez, também afirmaram que a indústria farmacêutica não se interessa em produzir remédios novos, já que o mercado para a categoria não dá lucro. Do mesmo modo, eles estimam que 10 milhões de pessoas por ano podem perder a vida até 2050 em países de baixa e média renda por causa disso.
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