Tech 04 Set
Alguns sortudos poderão experenciar ao longo dos próximos dias um dos grandes espetáculos da natureza. Graças a previsões de fortes tempestades geomagnéticas, auroras boreais poderão ser visíveis em latitudes relativamente baixas do Globo (em comparação ao normal).
Segundo o Centro de Previsão de Clima Espacial da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), duas tempestades geomagnéticas de nível G3 (forte) devem acontecer entre hoje (4) e o próximo domingo (6).
Estima-se que o motivo destas tempestades tenham sido explosões solares gigantescas que aconteceram nos últimos dias 1 e 2 de outubro. Sendo a da última data, inclusive, a maior registrada desde 2017; responsável por lançar vastas plumas de material solar em direção a Terra – em um efeito conhecido como ejeção de massa coronal (CME).
Esse material é um dos grandes responsáveis pelas auroras. Isso, pois quando o CME interage com a magnetosfera do nosso planeta, ele traz íons que colidem com o campo magnético da Terra, gerando as tempestades geomagnéticas. Durante as tempestades, os íons colidem com os gases da nossa atmosfera, liberando energia que é vista em forma de luz.
A esse fenômeno, quando ocorre no hemisfério norte, damos o nome de aurora boreal. No hemisfério sul, ele recebe o nome de aurora austral.
Com a vinda de duas CMEs, a perspectiva para novas tempestades geomagnéticas é muito promissora, o que pode ser ótimo para entusiastas de astronomia e fotografia. Em um momento quase inédito, estima-se que as auroras poderão ser vistas em latitudes tão baixas quanto 50º, o que na Europa daria algo em torno do norte da França.
As tempestades geomagnéticas são classificadas pelo NOAA usando uma escala G para medir a sua intensidade. Elas variam de G1, em sua intensidade mais baixa, até G5, onde são extremas. O alerta emitido para as tempestades geomagnéticas que deverão ocorrer nos próximos dias é de G3.
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