Anunciado oficialmente na última quarta-feira, o Nintendo Switch 2 busca repetir o sucesso da geração anterior e traz algumas novidades importantes no campo da construção.

Neste ano, temos uma tela maior com resolução superior, novos Joy-Con e melhorias de ergonomia para quem busca um console portátil.

Mas será que vale a pena? O HDBlog representou o TudoCelular no evento de apresentação do Switch 2 e você pode conferir agora as nossas primeiras impressões nesse rápido hands-on em texto ou vídeo (no topo da página).

Quando chegou ao mercado, o Nintendo Switch meio que sacudiu o segmento de games com a sua proposta de console portátil e que também pode ser usado em uma TV.

Por conta disso, a Nintendo resolveu manter essa essência na nova geração, fazendo melhorias importantes na construção e ergonomia.

O primeiro grande destaque é, sem sombra de dúvidas, a presença dos novos Joy-Con magnéticos, acabando de vez com aquela sensação de que algo estava meio mal encaixado que existia na geração anterior.

Inclusive, eles fixam muito bem no corpo do console e para retirar também é fácil: basta apertar os botões que ficam na parte de trás para que eles auxiliem no destaque dos Joy-Con.

Por ser magnético, o encaixe também acontece de forma simples e fácil, sendo que tudo fica muito firme e bem ajustado no corpo do console.

Nesta geração, a Nintendo está trazendo o modo mouse para você usar o Joy-Con em games compatíveis, sendo que ele funciona até mesmo em outras superfícies, como no colo do usuário.

Assim como acontece no dispositivo de primeira geração, os botões seguem garantindo boa experiência tátil e agora também há um botão C exclusivo para acionar o GameChat.

Outra mudança legal entre gerações são os botões e analógicos maiores, uma vez que os Joy-Cons cresceram.

Na parte traseira, o Nintendo Switch 2 tem um apoio que permite uma amplitude maior - de 150 graus - para que o usuário possa posicioná-lo na mesa, garantindo uma experiência bem personalizada no seu ângulo favorito.

Além disso, agora há duas portas USB-C para ser possível jogar enquanto carrega o dispositivo.

A japonesa explica que o usuário também pode usar essa porta USB-C extra para acoplar uma câmera compatível para aproveitar o novo bate-papo por vídeo com o GameChat.

Quando comparado com o Nintendo Switch de primeira geração, é claro que o novo modelo é bem maior e, mesmo assim, isso garante uma boa usabilidade para quem vai passar longas horas jogando.

Para quem gosta de levar o console para todos os lugares no dia a dia, continua sendo fácil transportar o Switch 2 na mochila.

O novo Nintendo Switch 2 apresenta painel LCD de 7,9 polegadas. Assim como outros fãs da empresa japonesa, acreditamos que o display deveria ser ao menos OLED, mas nesta geração esse painel pelo menos ganhou suporte para reprodução de conteúdo em Full HD.

A taxa de quadros máxima é de 120 fps em games compatíveis e há suporte para HDR. O fato da tela ser LCD garante bons níveis de brilho e ângulos de visão, permitindo jogar tranquilamente em locais bem iluminados.

Contudo, muitos ainda devem sentir a falta daqueles pretos profundos que só a tecnologia OLED pode oferecer.

Para quem vai jogar na TV usando a base dedicada, o Switch 2 oferece resolução até 4K. O console também é compatível com HDR, VRR e taxas de quadros de até 120 fps em TVs compatíveis.

Claro que isso é possível graças ao uso de uma nova GPU NVIDIA, sendo que a Nintendo também promete um sistema de ventilação ainda mais potente para evitar qualquer problema com estrangulamento térmico.

De toda forma, a nova GPU tem, sim, suporte para DLSS e Raytracing, mas cada estúdio deve decidir se vai ou não habilitar os recursos nos seus games.

A japonesa também garante mais potência sonora com som estéreo nos alto-falantes embutidos, há um microfone com cancelamento de ruído, enquanto o armazenamento saiu dos 32 GB do modelo de primeira geração para 256 GB.

Quem deseja ampliar esse armazenamento, também pode usar o cartão MicroSD Express de até 2 TB, que é vendido separadamente.

Inclusive, o console só aceita cartões nesse padrão, rejeitando outros formatos, inclusive o cartão do Switch original. Você só pode usar cartões tradicionais para salvar capturas de tela e de vídeo.

Em conectividade, temos Wi-Fi 6 e Bluetooth.

Agora, quanto a autonomia, temos uma bateria de 5.220 mAh, que é claramente maior do que os 4.310 mAh da geração anterior, mas que garante apenas 6,5 horas longe da tomada.

Claro que tudo depende do modo de jogo, brilho da tela e tudo mais. Ainda assim, a autonomia caiu em relação às 10 horas prometidas no modelo original e isso pode ser fruto da resolução maior da tela e da GPU mais potente.

O tempo de carregamento é de aproximadamente 3 horas.

Quanto ao dock, ele está mais robusto para suportar a transmissão de games em 4K. O componente também comporta uma ventoinha para reforçar o arrefecimento.

As portas disponíveis são 2 USB 2.0, HDMI e conexão de internet com fio.

Especificações técnicas

• Tela LCD de 7,9 polegadas com resolução FHD, HDR10, VRR e taxa de até 120 Hz
• CPU e GPU NVIDIA
• 256 GB de armazenamento interno
• Memória expansível com cartão MicroSD Express para até 2 TB
• Conectividade: Wi-Fi 6, Bluetooth, LAN
• Sensores: Acelerômetro, Giroscópio, Mouse (Joy-Con), brilho (no console)
• Som estéreo, microfone embutido com cancelamento de ruído
• Portas: 2x USB-C, P2 para fones com fio
• Cartões de jogos: Nintendo Switch 1 e 2
• Bateria de 5.220 mAh com duração de até 6,5 horas, carregamento em 3 horas
• Saída de vídeo: máximo 3840x2160 a 60fps, 1920x1080 / 2560x1440 a 120fps, suporte HDR10
• Dimensões e peso: 166x272X13,9mm (Joy-Con incluído), 534g (401g sem Joy-Con)

Um dos grandes destaques do evento da Nintendo foi o GameChat, função permite comunicação em tempo real de jogadores.

Usando o microfone embutido, você pode conversar por áudio, transmitir a gameplay para amigos e usar uma câmera USB-C que é vendida separadamente para ter acesso a chat de vídeo.

Já o GameShare permite que você possa compartilhar jogos compatíveis com outras pessoas que tenham um console Nintendo Switch 2 ou Switch original, sendo que apenas o novo modelo pode transmitir o game local.

A Nintendo ainda esclarece que o Swicth 2 é compatível com três tipos de jogos: Switch 2, Switch 2 Edition e Switch 1.

Os novos cartões de jogos do Switch 2 são maiores e com maiores velocidades de transferências de dados.

Em games, diversos novos jogos foram confirmados para o console, principalmente títulos exclusivos, como o novo Mario Kart World, Super Mario Party Jamboree - Nintendo Switch 2 Edition, The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Tears of the Kingdom - Nintendo Switch 2 Edition e até mesmo The Duskbloods, um novo jogo da Fromsoft que será exclusivo.

Outro jogo exclusivo do Nintendo Switch 2 é o Donkey Kong Bananza e o game promete surpreender a quem torceu o nariz para ele, uma vez que é possível destruir absolutamente tudo ao seu redor.

No evento, a Nintendo também mostrou alguns games que até então não poderiam ser rodados nos seus consoles, como Cyberpunk 2077 e Hogwarts Legacy. Ele também poderá rodar Elden Ring e Split Fiction, por exemplo.

O usuário ainda poderá aproveitar edições melhoradas de jogos do Switch 1 no novo console, mas sempre lembrando que infelizmente os preços dos jogos do Switch 2 serão mais caros do que aqueles feitos para a geração anterior.

O novo Nintendo Switch 2 chegará ao mercado global no dia 5 de junho deste ano, sendo que o modelo padrão custa a partir de US$ 450, algo em torno de R$ 2.573 em conversão direta e sem considerar os nossos salgados impostos brasileiros.

Por enquanto, a Nintendo até confirmou que alguns games chegarão traduzidos para o português, mas não deu valores. De toda forma, provavelmente esse novo console deve ser vendido no Brasil na faixa dos R$ 4.000 a R$ 4.500.

Em suma, o Nintendo Switch 2 traz boas evoluções no campo do hardware, novas funções interessantes, bons games exclusivos e diversas melhorias, mas o preço deve complicar a recomendação desse console para consumidores brasileiros.

Outro grande problema é o preço dos games, que foi reajustado e agora eles custam mais caro.

Ou seja, apenas quem é muito fã da Nintendo ou tem grana sobrando, o que não é a realidade da maioria dos brasileiros, apostará nesse console.

Claro que no longo prazo é esperado que aconteça uma queda nos preços, mas isso certamente levará um tempo considerável.