Economia e mercado 12 Jun
Não é novidade que aos poucos, as operadoras brasileiras já começam a se organizar para iniciar a implementação da rede 5G no país, tendo sido vistos os inícios de testes da TIM em três cidades e demonstrações realizadas pela Claro, Oi e Vivo, em antecipação ao leilão previsto para 2020.
Até então porém, pouco se sabia a respeito do quão oneroso seria a implementação da nova rede no país, algo que começou a se tornar mais claro graças à declarações feitas por Enylson Camolesi, diretor de Relações Institucionais e Assuntos Corporativos da Telefônica Vivo durante o 57 Encontro Tele.Sintese, da Momento Editorial.
Segundo ele, a implementação do 5G exigirá uma estrutura 5 vezes maior do que a atualmente instalada no país. Só para se ter uma noção, a estimativa mais recente é de que temos 90 mil antenas no país, sendo possivelmente necessário que se instale uma a cada quadra ou bairro.
”Se não houver uma harmonização, o país vai pagar com ineficiência da produtividade e vai pagar com a não implementação plena do 5G, que é uma tecnologia transformadora dos meios de produção. A legislação vê o setor como se estivéssemos há 15 anos, mas até o conceito das antenas mudou radicalmente, quando precisaremos instalar esses equipamentos em cada quadra ou bairro”
Já segundo Marcelo Mejias, diretor de Políticas Públicas da TIM Brasil, a estimativa é que o ingresso do 5G e a universalização da banda larga demandará investimentos na monta de 300 bilhões de reais, não sendo viável alavancar tal valor apenas com capital privado.
Entre as possibilidades consideradas para a obtenção por parte das operadoras deste valor podem ser citados o uso dos recursos do Fust (Fundo de Universalização), BNDES e Anatel.
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