O HP EliteBook 640 G11 foi lançado em 2024 como o notebook pensado para o usuário que deseja combinar portabilidade, desempenho e segurança no uso profissional em um único produto.

Quando colocamos à prova este laptop, na prática, será que temos uma experiência satisfatória? O TudoCelular testou uma unidade dele nas últimas semanas e detalha para você na nossa análise completa.

O EliteBook 640 G11 é um laptop que se encaixa nas categorias de ultrafino e ultraleve. Ele vem com um corpo de 1,7 cm de espessura e um peso de 1,39 kg. Isso permite transportar esta máquina com facilidade dentro de uma mochila, por exemplo.

O laptop traz um corpo de metal por fora na cor prateada, além de partes de plástico reciclável que envolvem o alto-falante e outras peças internas. No geral, o notebook entrega um corpo que passa uma boa sensação de durabilidade, apesar de não vir com qualquer certificação que garanta uma resistência superior.

O notebook possui um teclado retroiluminado ainda no padrão americano, nesta unidade que testamos. Por ser uma variante internacional, você pode não encontrar com facilidade as teclas de “ç” e alguns acentos. Pelo menos, ele fornece uma boa resposta e um espaçamento satisfatório entre as teclas.

Entre os destaques neste quesito, podemos citar a presença de um botão dedicado ao Copilot e da presença de um leitor biométrico, focado em aumentar a segurança na hora de fazer logins no sistema. Já o touchpad tem boa sensibilidade, porém em um tamanho que fica apenas na média.

Este EliteBook traz à esquerda um conjunto de portas composto por uma saída HDMI 2.1, um USB Tipo-A, dois USB Tipo-C com Thunderbolt 4 e o conector composto para áudio. Já no lado direito, há mais uma entrada USB-A e uma Ethernet para internet com fio. A conectividade ainda traz suporte ao Wi-Fi 6E e ao Bluetooth 5.3.

A caixa é feita majoritariamente de papel reciclado e traz, além do notebook, um cabo de fonte, um cabo de energia com plug USB-C e os manuais de usuário.

Este laptop possui uma tela de 14 polegadas com uma resolução de 1920 x 1200 pixels. Ela é sensível ao toque, o que permite uma facilidade na experiência quando não tiver um mouse por perto.

O painel tem um nível de brilho de 300 nits, com uma luminosidade que pode não agradar o usuário mais exigente. A HP colocou um tratamento antirreflexo, que ajuda na visualização em determinados tipos de ambiente, especialmente quando há alguma luz de frente.

O tipo IPS do display também contribui para o ângulo de visão ser mais amplo. Apesar disso, as cores ficam abaixo do esperado. Você terá uma reprodução de tons mais “lavados”, que tendem a uma cor fria e podem deixar a desejar durante algum vídeo com mais vida.

A fluidez apresenta suas limitações, já que este modelo tem uma taxa de atualização que não passa de 60 Hz. Também não espere qualquer tecnologia que aprimore a experiência em streamings compatíveis, como Dolby Vision e HDR. Ao menos, as bordas são finas, mesmo na área superior onde fica a câmera de 5 megapixels.

O EliteBook 640 G11 traz um sistema estéreo composto por dois alto-falantes, posicionados na base. Só que, diferente do que geralmente encontramos, com uma saída de cada lado, aqui as duas ficam posicionadas na porção frontal, o que faz o som sair mais direcional e perde um pouco do palco sonoro.

O áudio tem uma potência apenas decente e não impressiona no equilíbrio entre frequências. O perfil é mais voltado aos médios e aos agudos, com os graves abaixo dos demais. A HP fornece um equalizador dedicado no seu software Audio Control, para personalizar a parte sonora como você preferir.

O HP EliteBook 640 G11 vem equipado com o processador Intel Core Ultra 7 165U com gráficos integrados Intel Arc nesta variante que testamos. O hardware integra a edição vPro, que traz maior confiabilidade e segurança para o uso profissional. O conjunto de memórias contém 16 GB de RAM e 512 GB de armazenamento interno em SSD M.2 PCIe Gen 4.

Tivemos um bom desempenho em tarefas básicas, como navegação na web com múltiplas abas, além de uma inicialização rápida tanto do sistema quanto dos programas. Mas não espere uma performance que vá se manter no alto em ações mais complexas, como edições pesadas.

Isso é provado pelos benchmarks. O PCMark 10 registrou uma nota de 5.642, impulsionada pela abertura de apps e na área de produtividade. Ele ainda teve um resultado satisfatório em edição de fotos, mas sem repetir nos vídeos e na renderização.

Já o 3DMark ficou nos 1.234 pontos, no teste Steel Nomad Light, voltado para máquinas com placa de vídeo integrada. A nota não empolgou e ficou com menos da metade do que encontramos no mesmo indicador do Zenbook 14 OLED, que também dispensa GPU dedicada.

E será que esta máquina é capaz de rodar jogos leves? Rodamos alguns games na resolução máxima para saber como ela se comporta. Em Fall Guys, até é possível manter algo perto de 30 fps com qualidade geral no médio, mas apresenta grandes oscilações.

eFootball já é limitado a 60 fps de forma nativa. Só que a taxa sempre abaixo de 20 fps prejudica a experiência e não permite ter uma partida fluida. Counter-Strike 2 ainda consegue superar os 40 fps, porém você terá que abrir mão da qualidade para isso e deixar as configurações de vídeo na opção baixa.

O Windows 11 Pro é o sistema operacional nativo neste notebook. Além dos extras para profissionais, esta versão tem desde o BitLocker para maior segurança até a possibilidade de criar contas offline.

A companhia inseriu de fábrica alguns softwares proprietários. Um deles é o Audio Control que já citamos há pouco, para gerenciamento de toda a parte sonora. Também temos o HP Wolf Security, que serve como um antivírus da própria marca, e o myHP, com gerenciamento de bateria, teclas programáveis e suporte.

A HP equipou nesta máquina uma bateria com capacidade de 56 Wh, com um tempo estimado de mais de 16 horas que pode durar longe da tomada. Mas o TudoCelular descobre se isso se repete no uso cotidiano.

Fizemos o nosso teste com a simulação de um dia de trabalho, que mistura navegação pelo Microsoft Edge, edição de documentos pelo Word e troca de mensagens no Telegram. Neste cenário, conseguimos uma autonomia de 7 horas e 54 minutos. Um intervalo que pode cobrir quase um dia completo de expediente.

A fabricante mandou para o carregamento uma fonte com potência de 65 W, que é conectada por meio da porta USB-C energizada do notebook. Ela ainda garante 50% de carga com apenas meia-hora conectado na tomada. Será que é isso mesmo, na prática?

Nos primeiros 30 minutos, vimos o notebook alcançar 47%, algo bem próximo ao prometido pela HP. Mas para chegar nos 100%, precisamos de 2 horas e 4 minutos no total. Um intervalo que poderia ser mais rápido, só que fica na média da categoria.

O HP EliteBook 640 G11 é um notebook que atende ao que promete ao fornecer uma máquina ultrawide e leve, com uma característica forte de segurança, para a utilização principalmente para trabalho.

O design dele agrada pela construção premium sem precisar de um grande tamanho. A portabilidade se complementa com os recursos adicionais de proteção e o sistema com diferenciais para uma experiência completa.

O desempenho é satisfatório em uso geral, mas não espere algo que vá além das limitações desta máquina. A bateria também é algo positivo, por durar praticamente um expediente de trabalho inteiro fora da tomada.

Como pontos negativos, destacamos principalmente as cores da tela e a falta de um som superior e com um espaço sonoro maior. Sem falar na ausência de uma placa de vídeo dedicada.

A HP ainda não disponibilizou esta versão do EliteBook 640 G11 no Brasil, porém ele pode ser encontrado com diversas configurações em seu hardware oficialmente no mercado internacional. O que encontramos na concorrência?

O ASUS Zenbook 14 OLED até traz uma tela de melhor qualidade e um som mais potente, mas não fornece Windows 11 Pro nem os recursos específicos para uso profissional e segurança.

Já o ThinkPad X13 tem variante com o mesmo processador vPro do EliteBook. Ele possui um corpo mais fino e leve, além de ter uma tela com maior brilho. Apenas tenha em mente que esse conjunto deve cobrar muito do seu bolso. Se você quiser maior autonomia, uma possibilidade é investir no Galaxy Book 4 Pro.

Você acha que o EliteBook 640 G11 atenderia bem às suas necessidades? O que mais chamou a sal atenção nele? Conte para a gente aí no espaço abaixo.