01 Janeiro 2015
Em geral, as fabricantes de celulares modernos lançam seus participantes de elite no mercado com preços ultrapassando a marca de US$ 600. Entretanto, o valor para a produção dos mesmos é largamente inferior em relação ao cobrado para os consumidores finais, tudo isso para resultar em um lucro maior para as empresas envolvidas. É aí que a OnePlus entra na história. Fundada há exatamente um ano, a chinesa é sediada em Shenzhen e já passou por diversos momentos ao longo de seus doze meses de existência. Então, vamos relembrar o trajeto da companhia que criou um novo conceito para flagships com seu único smartphone, One:
Ordem cronológica dos fatos da OnePlus (2014)
23 de janeiro — os primeiros detalhes do One começaram a surgir na internet. Embora as características técnicas ainda fossem um mistério, o fator atraente era a presença do CyanogenMod instalado de fábrica em um smartphone barato.
23 de abril — a partir do rumor pioneiro sobre o smartphone da OnePlus, diversos informantes trataram de criar uma lista de especificações com base em vazamentos. Acabando com as dúvidas, o One foi lançado oficialmente em abril.
23 de abril — no mesmo dia da apresentação formal do celular, a chinesa criou uma promoção um tanto quanto violenta. Para conseguir adquirir o One por 1 dólar, interessados deveriam destruir seus antigos smartphones.
13 de maio — o primeiro problema. Clientes já com um exemplar do aparelho em mãos começaram a reclamar de defeitos na construção do alto-falante presente na parte superior da estrutura. Felizmente, o contratempo foi resolvido rapidamente pela empresa.
14 de maio — o CEO da OnePlus, Peter Lau, explicou o motivo do One ser tão barato: "Nós estamos vendendo o celular a preço de custo. Nós conseguimos fazer isso redistribuindo o valor para beneficiar o cliente."
10 de junho — o primeiro atraso. Por causa de um erro na plataforma CyanogenMod versão 11S, a entrega da remessa da época foi adiada para a correção do software.
20 de junho — o segundo atraso. Desta vez, o envio das unidades pedidas do One foi postergado por causa da fonte traseira utilizada para o logotipo da empresa.
02 de julho — o terceiro atraso e a música no Fantástico. Em decorrência de uma série de fatores, a entrega dos exemplares do celular foram novamente cancelada. Eis os motivos dados: "Conflito na produção - 3 dias; problemas de qualidade na parte traseira - 7 dias; documentos incompletos - 4 dias; finais de semana - 4 dias; fuso horário - 2 dias."
26 de julho — outro problema. Clientes da OnePlus iniciaram uma sequência de reclamações sobre a tela, alegando deformações no conteúdo exibido no display e cores totalmente fora do padrão. A companhia alega ter arrumado o defeito.
29 de agosto — a anúncio de que o sistema de convites praticado pela empresa a fim de permitir a venda do One seria finalmente trocada pelo método comum de pré-venda. Entretanto, isso ainda está para acontecer.
10 de outubro — primeiros boatos do sucessor do One, Two, começaram a aparecer na mídia, sendo que até um conceito foi idealizado por designer consumidor da OnePlus.
05 de novembro — sucesso relativo. OnePlus declara a venda de meio milhão de unidades do One, anunciando a meta de dobrar o número até o fim de 2014.
26 de novembro — o grande passo. A primeira loja física da chinesa é inaugurada em seu país natal. Apesar de ter sido um dia festivo, as vendas de produtos no estabelecimento será iniciada ainda neste mês.
02 de dezembro — mais um avanço. One começa a ser vendido oficialmente na Índia. Através da Amazon, habitantes locais seriam capazes de adquirir uma unidade do celular.
17 de dezembro — em disputa judicial com a Micromax, OnePlus foi impedida de comercializar o One na Índia. O motivo é a existência do logo da CyanogenMod na parte traseira do smartphone.
17 de dezembro — possível fim da parceria com a CyanogenMod. Em vídeo comemorativo de um ano de existência, a OnePlus afirmou que uma ROM própria para seus futuros aparelhos está sendo desenvolvida.
Futuro — após altos e baixos, a OnePlus certamente provou que não entrou no mercado de celulares para brincar. Com o objetivo de fornecer uma alternativa poderosa e barata aos consumidores, a chinesa quer continuar sua ascensão para reconstruir o significado de flagship e tornar-se uma das maiores fabricantes de smartphones no mundo. Vamos continuar acompanhando a história da empresa em 2015. É válido ressaltar que o One, um dispositivo com tela Full HD, 3 GB de RAM e Snapdragon 801, custa US$ 300 no exterior, ou R$ 808 se desconsiderarmos os impostos brasileiros.
Comentários