No mercado emergente de acessórios espertos, a Google se sobressai com sua plataforma específica aos pequenos aparelhos, sendo adotada por grandes nomes da tecnologia, como Samsung, Motorola, Sony, Asus, LG e afins. Entretanto, alimentando a competição no recém-criado segmento de gadgets, Apple anunciou seu primeiro relógio inteligente junto aos novos iPhones no último semestre de 2014, utilizando uma variação do iOS. Assim como acontece com smartphones e tablets, o real chamativo de cada produto é a quantidade — e qualidade — dos aplicativos disponíveis na loja.

Embora os smartwatches e as smartbands existam, principalmente, como forma de expandir as funcionalidades dos celulares, trazendo novos sensores, por exemplo, há aplicações criadas especialmente para os wearables. Cabe aos desenvolvedores se aventurarem nos ambientes virtuais remodelados a fim de transformarem ideias em ferramentas realmente úteis. Sabendo disto, o fato da equipe responsável por originar um dos app mais interessantes para os eletrônicos vestíveis, ELEKS, preferir o software da gigante de Mountain View é notável.

O time do estúdio ELEKS foi capaz de desenvolver um aplicativo para Android Wear em cargo de comandar os veículos produzidos pela Tesla remotamente, promovendo controles como fechar o teto-solar, recomeçar o processo de carregamento da bateria, receber notificações caso a porta esteja aberta e outras opções que venham a ser importantes aos motoristas. Eles escolheram criar a ferramenta para o sistema operacional da Google pela liberdade de programar, podendo usar interfaces totalmente personalizadas, tornando a experiência de utilização, única.

Apple Watch, por sua vez, possui diversas limitações. A empresa sediada em Cupertino restringe o acesso das APIs de modo que o profissional da área tenha que seguir padrões estruturais e de aparência quando estiver colocando em prática o que elaborou para suas aplicações. De fato, as 'correntes virtuais' existentes na plataforma da Maçã não são novidades, existindo desde o primeiro iPhone, lançado em meados de 2007, visto que a companhia estadunidense disponibiliza um enorme manual de como criar apps para iOS em sua página oficial.

Ainda sim, nada é perfeito. Android Wear também conta com suas desvantagens, diz a equipe ELEKS. Ativação por voz é lenta, sendo iniciada em dois ou três segundos após a frase "Ok, Google" ser captada, autonomia da bateria poderia ser parecida com os modelos da Pebble, e a falta de documentação. Naturalmente, o ambiente de operações digitais implementados em relógios e pulseiras inteligentes no mercado atual ainda precisa de várias melhorias, levando em consideração o breve período de existência de cada software. Só com o tempo tais deficiências serão extintas.