13 Abril 2015
A Motorola lançou o Moto G e fez sucesso, conseguiu bom público com o Moto X e depois com a primeira versão do Moto E. As coisas vão tão bem para a empresa que ela acaba de passar a LG e é a segunda maior fabricante de smartphones em terras tupiniquins.
Todos os modelos vão bem, mas nenhum conseguiu o que o Moto G representou para a marca. Este dado vem direto de uma reportagem do jornal americano The Wall Street Journal, que usou dados de pesquisas realizadas pela consultoria IDC. De acordo com os resultados, a Motorola conseguiu dobrar sua participação de mercado no ano passado, deixando a LG para trás e tomando o segundo lugar no ranking de maiores fabricantes de smartphones que atuam no Brasil. Esta lista é encabeçada pela Samsung, que trabalha com 48% (que eram 51% e, por conta das vendas do Moto G, perdeu 3% de participação de mercado) de todos os smartphones vendidos por aqui, seguida da Motorola com seus 18%.
Estes números apenas reforçam a importância e a voracidade do mercado de smartphones de médio custo, que conta com bons aparelhos como o Moto G e o recente Zenfone 5, que aposta em uma faixa de preço pouco menor do que o concorrente da Motorola. Segundo Ryan Reith, da consultoria americana International Data Corp, esta é a fatia do mercado que vai crescer com maior potência nos próximos meses. Ainda segundo Reith, o pedaço do bolo que procura aparelhos topo de linha ficará entre 10% e 15%.
Voltando os olhos para a Motorola, que agora faz parte do grupo chinês da Lenovo, a empresa viu suas vendas crescerem 114% em apenas um ano, com o Moto G na ponta da carruagem que leva estes números. Os dados atraem atenção de concorrentes como a Samsung, que recentemente escolheu o Galaxy Win 2 para ser seu carro chefe na mesma categoria e a Xiaomi, que prepara o terreno para aportar definitivamente no Brasil - com, como já costuma trabalhar na China, aparelhos de baixo custo e bom hardware.
O segredo para o preço mais camarada dos dispositivos da Motorola (Só lembrar dos R$ 1,5 mil que custaram o Moto X de segunda geração, quando chegou por aqui. Menos da metade do high-end da principal concorrente, a Samsung) é a diminuição da margem de lucro para o mínimo possível. Segundo o jornal, alguns acreditam que a empresa trabalhe com algo menor do que 5%.
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