O TudoCelular listou os chipsets mais potentes do mercado para smartphones. No entanto, nem sempre a busca está em processadores com poder superior ao que é necessário pelos sistemas móveis atuais, mas alguns usuários buscam aqueles que ofereçam o melhor equilíbrio entre desempenho e preço. Aqui, temos a categoria de chipsets intermediários que normalmente apostam no melhor custo/benefício, mas sem abrir mão de tecnologias que até são compartilhadas com soluções top de linha.

Quando se trata de flagships, cada fabricante conta com um representante para entregar toda a tecnologia mais avançada do momento. No segmento mais abaixo, é normal ver Qualcomm ou MediaTek oferecer várias opções de chipsets para necessidades diferentes, mas vamos focar naquelas que reúnem os melhores atributos.

Qualcomm Snapdragon 652

O Snapdragon 652 havia sido revelado inicialmente como 620, mas Qualcomm decidiu renomear sua linha intermediária para deixar mais claro qual o chipset é mais potente dentro desta categoria. A empresa também conta com o modelo 650 (antigo 618) que nada mais é que um chipset com dois núcleos a menos. Todas as especificações vistas abaixo, com exceção da CPU, são idênticas aos dois modelos.

Especificações técnicas:

• CPU octa-core formada por 4 Cortex-A72 de 1,8 GHz + 4 Cortex-A53 de 1,4 GHz 64-bit
• GPU Adreno 510 com suporte à API gráfica Vulkan
• Memória RAM dual-channel LPDDR3 933 MHz
• DSP Hexagon V56 para processamento de imagens
• Modem X8 LTE Cat 7
• Wi-Fi 802.11ac
• Qualcomm IZat Gen8C para GPS
• Suporte HDMI 2.0, vídeos 4K 60FPS e codecs H.265/HEVC
• Suporte carregamento rápido Quick Charge 3.0
• Fabricação 28nm HPm

O Snapdragon 652 vem sendo usado em uma boa quantidade de smartphones intermediários, especialmente aqueles que flertam com a categoria de flagships. A novidade surgiu primeiramente no Galaxy A9, mas também equipa outros como o LG G5 SE, versão mais básica do top sul-coreano que será lançado no Brasil.

Samsung Exynos 7870

Diferente do Exynos 8890 que usa processador desenvolvimento pela Samsung, o modelo 7870 aposta nos clássicos Cortex-A53 da ARM. Ele compartilha o mesmo processo de fabricação a 14nm do Exynos 7420 do ano passado, mas usando tecnologia diferente (HKMG ao invés da mais avançada LPE). Sua GPU também é da geração mais atual da ARM, mas conta com velocidade de operação e quantidade de núcleos gráficos inferiores ao antigo chipset topo de linha da sul-coreana.

Especificações técnicas:

• CPU octa-core formada por 8 Cortex-A53 de 1,7 GHz 64-bit
• GPU Mali-T830 MP2 de 700 MHz e suporte à API gráfica Vulkan
• Memória RAM dual-channel LPDDR3 933 MHz (14,9 GB/s)
• Suporte à memória eMMC 5.1
• Processamento duplo de imagens
• Modem LTE Cat 6 download e upload Cat 4
• Wi-Fi 802.11ac
• Suporte HDMI 1.4, vídeos 2K 60FPS e codecs H.265/HEVC
• Fabricação 14nm HKMG

Este chipset foi estreado com o Galaxy J7 2016. Realmente não chega a entregar o mesmo nível de desempenho do Snapdragon 652 que é encontrado no Galaxy A9. Samsung ainda oferece o antigo 7420 para outras fabricantes, enquanto uma versão menos potente do 8890 é desenvolvida pela empresa.

MediaTek Helio P10

Na gama superior vemos a MediaTek apostar em processadores com 10 núcleos. No segmento médio a fabricante chinesa investe em soluções octa-core mais tradicionais. O Helio P10 é a principal aposta da empresa para este ano, fechando parcerias com fabricantes de smartphones por todo o mundo. O P10 é formado pelos clássicos núcleos Cortex-A53 da ARM, mas chegam a uma velocidade alta para garantir bom desempenho para o sistema Android.

Especificações técnicas:

• CPU octa-core formada por 8 Cortex-A53 de 2 GHz 64-bit
• GPU Mali-T860 MP2 de 700 MHz com suporte à API Vulkan
• Memória RAM LPDDR3 single-channel 933 MHz (7,4 GB/s)
• Suporte à memória eMMC 5.0
• Modem LTE Cat 6 download e Cat 4 upload
• Wi-Fi 802.11n
• Tecnologia de carregamento acelerado Pump Express Plus
• Suporte HDMI 1.4, vídeos 2K 60FPS e codecs H.265/HEVC
• Fabricação 28nm HPC+

Atualmente mais de 50 empresas adotam o Helio P10 como chipset para smartphones de gama média, sendo a maior parte chinesas. Um exemplo recente é a Elephone que lançou no final do ano o smartphone M3 custando apenas US$ 99. MediaTek já trabalha no sucessor, chamado de P20, que virá com fabricação mais refinada a 16nm.

Huawei Kirin 935

Antes do lançamento do Kirin 950, o chipset Kirin 935 era o mais potente usado pela Huawei em seus smartphones. Enquanto o novo flagship usado pela empresa traz processadores mais atuais Cortex-A72 da ARM, o Kirin 935 ainda aposta nos bons e velhos Cortex-A53. E assim como os demais membros desta lista, temos aqui uma solução octa-core que presa por equilibrar a balança do desempenho e consumo, separando quatro núcleos para tarefas mais pesadas e quatro para tarefas mais simples.

Especificações técnicas:

• CPU octa-core formada por 4 Cortex-A53 de 2,2 GHz + 4 Cortex-A53 de 1,5 GHz 64-bit
• GPU Mali-T628 MP4 de 680 MHz
• Memória LPDDR3 dual-channel 64-bit 800 MHz (12,8 GB/s)
• Suporte à memória eMMC 4.51
• Wi-Fi 802.11n
• Modem LTE Cat 6 download e Cat 4 upload
• Suporte HDMI 1.4, vídeos 2K 60FPS e codecs H.265/HEVC
• Fabricação 28nm HPC

O Kirin 935 é encontrado nos smartphones Huawei P8 Max, Honor 7 e Mate S. A empresa vem trabalhado em novo chipset para o mercado top de linha, o Kirin 960, mas ainda não há detalhes de um novo modelo mais básico que traga os núcleos Cortex-A72 da ARM para rivalizar diretamente com Qualcomm e seu Snapdragon 652.