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LG pode vender menos de 6 milhões de unidades do G5 em 2016

11 de julho de 2016 9

A LG tomou uma decisão arriscada ao anunciar o G5 como o primeiro smartphone “modular” do mundo, possibilitando que os usuários adquirissem acessórios que se encaixam ao dispositivo por meio do Magic Slot, otimizando assim algumas de suas características como sistema de áudio ou autonomia da bateria. Pelo visto a novidade não entusiasmou os consumidores como a sul-coreana previa, pois desde o lançamento do flagship foram liberados vários relatórios afirmando que seu índice de vendas vem sendo bem abaixo do esperado pela empresa, fazendo com que ele apresente um número total de unidades comercializadas menor que seu antecessor.

Agora, surgem informações de que o desempenho abaixo da meta fixada para o G5 pode fazer com que a LG reveja toda a sua previsão de vendas para o segundo trimestre de 2016, baixando das 16,5 milhões de unidades esperadas anteriormente para 15 milhões. Isto se dá ao fato de que o modelo topo de linha teria conseguido atingir apenas 2,5 milhões de exemplares vendidos no período, o que é um número 1 milhão a menos do que o previsto pela fabricante.

Caso isto venha a se confirmar, o setor de dispositivos móveis da LG enfrentaria um prejuízo de aproximadamente US$ 112 milhões no segundo trimestre de 2016, sendo assim o segundo trimestre consecutivo de perdas este ano, ainda que seja vista uma redução neste sentido. Em termos gerais, o G5 deve chegar a cerca de 5,5 milhões de unidades comercializadas durante todo o ano, o que não é um valor considerado alto para uma fabricante que almeja chegar ao “top 5” do mercado mobile, principalmente se notarmos os números alcançados por Samsung, Apple e Huawei no primeiro fim de semana de vendas de seus flagships.


Vale lembrar que existem outros fatores além do receio em se adquirir um smartphone ainda conceitual, como a disponibilidade de uma versão capada do G5 em diversos locais do mundo ao invés de ser comercializado o modelo que de fato compete com o Galaxy S7 em termos de desempenho, algo feito inclusive no Brasil. Além disso, o preço cobrado por esta versão com hardware reduzido chega a ser até mesmo superior ao que a Samsung pede pelo seu flagship "completo", o que diminui ainda mais as possibilidades de um usuário se interessar pelo aparelho da LG.

Outro ponto também crucial para este fracasso em vendas do G5 é o modo como seus acessórios modulares são vendidos, pois a sul-coreana vem exigindo um valor extremamente salgado para a maioria deles, além de limitar sua disponibilidade em diversos mercados. Novamente pode ser dado o Brasil como exemplo, já que não recebemos os óculos de realidade virtual que se conectam ao smartphone, sendo dado como justificativa que "este tipo de produto ainda não possui demanda suficiente em solo brasileiro".

Com tudo isso, não há como sabermos como a LG se sairá nos próximos meses, sendo necessário que a companhia possua alguma "carta na manga" para o segundo semestre caso queira voltar a contar com um índice de vendas aceitável, pois senão poderá amargar novos prejuízos nos trimestres que se seguem até o mês de dezembro, despencando de vez no ranking das maiores fabricantes de smartphones do mundo e perdendo seu lugar para novas empresas.

O LG G5 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.

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