Android 02 Mar
Por mais que muitos digam que o streaming (musical e de vídeos) é o responsável pelo declínio de várias empresas do ramo do entretenimento, não é bem isso que mostra uma pesquisa realizada recentemente pela Recording Industry Association of America (RIAA), organização essa cujo objetivo é defender as gravadoras americanas, as mais prejudicadas com o download ilegal de músicas e, também, o menor interesse pelo público em comprar CD's.
E não foi difícil chegar a essa conclusão, uma vez que analisando os lucros do setor no ano passado, verificou-se que em 2016 a indústria musical teve seu melhor desempenho desde 2009, com as receitas na casa dos US$ 7,7 bilhões (aproximadamente R$ 24 bilhões na cotação atual), sendo que 51% desse valor (mais da metade) foi obtida através do serviços de streaming como Spotify, Apple Music, Deezer, entre outros.
Para você entender melhor, tais lucros vêm não só pelo valor da assinatura que pagamos mensalmente para ter acesso a essas plataformas de forma ilimitada, como também pelos anúncios publicitários presentes nas versões gratuitas de alguns desses aplicativos.
Aliás, segundo informa o RIAA, só nos Estados Unidos o número de pagantes subiu de 10,8 milhões em 2015 para 22,8 milhões em 2016.
Apesar dos altos valores e do resultado positivo, ainda assim a situação é preocupante. Atualmente a indústria musical como um todo lucra apenas metade do faturava em 1999, há 18 anos, sem contar que a receita de downloads digitais de serviços como o iTunes, uma das referências quando o assunto era esse, também sofre forte queda, indo de US$ 2,8 bilhões para US$ 1,8 bilhão no período de apenas um ano. As vendas físicas então nem se fala, com queda de 16%, indo rumo à obsolescência.
Para conferir a pesquisa na íntegra com todos os gráficos e informações basta acessar o link localizado na fonte desta matéria.
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