14 Julho 2015
Um novo relatório publicado pelo Wall Street Journal que cita pessoas familiarizadas do assunto pode colocar fim de uma vez por todas em um dos maiores rumores sobre a Apple dos últimos tempos: o jornal afirma que a empresa de Cupertino andou mesmo trabalhando em um aparelho de TV durante alguns anos, mas que a equipe tinha sido dissolvida e os seus membros realocados para outros projetos "há mais de um ano."
O grande problema enfrentado pela Apple, segundo o relatório, foi a falta de características inovadores que fizessem com que o aparelho de TV da Apple se distinguisse dos atuais concorrentes. A empresa experimentou um display com "ultra-alta definição", TVs que tornavam os painéis mais claros enquanto desligado e até mesmo câmeras FaceTime que poderiam se reposicionar de acordo com a localização do usuário que estava falando no momento. E embora pareçam ideias legais, todas elas não foram consideradas boas o suficiente para vender a ideia de um aparelho de televisão essencial para os atuais donos de dispositivos da marca.
Isso não quer dizer, no entanto, que a Apple vai abandonar de vez por todas a sala de estar de seus usuários. Em março deste ano a empresa reduziu o preço da Apple TV de US$ 99 para US$ 69, e anunciou um serviço autônomo em parceria com o HBO Now.
Outros rumores a respeito da Apple TV sugerem que a empresa anuncie uma reformulação completa do seu set-top box durante a WWDC 2015, esta que deverá estrar uma nova App Store e contará com visual completamente remodelado – principalmente no que se refere a interface de usuário.
Enquanto a Apple desiste do mercado de televisão, por outro lado, o mesmo continua firmemente estabelecido com as fabricantes que já atuam no mercado. É ao mesmo tempo extremamente competitivo e traz, relativamente, baixas margens de lucros para as empresas, um fato já conhecido do ex-CEO Steve Jobs, que sempre foi contra a ideia de uma televisão fabricada por sua empresa.
É possível, assim como o Mac Pro já, que a Apple possa montar um nicho pequeno, porém lucrativo, para desafiar as tendências do mercado. AO não comercializar sua TV para um público mais amplo, a empresa montaria uma espécie de carteira de clientes mais fiéis aos seus produtos, o que continuaria lhe gerando lucros.
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