22 Junho 2015
O telefone celular se tornou um produto muito popular nos dias de hoje, e temos tantos fabricantes que talvez poucos saibam que há um nome por trás dessa invenção que revolucionou o mundo da comunicação para sempre. Martin Cooper inventou o aparelho em 1973, mas levou dez anos até que o primeiro aparelho Motorola DynaTAC 8000X fosse vendido, quando esses tijolos se tornaram um referencial de alta tecnologia cobiçado.
Mas o que será que ele hoje, aos 86 anos, pensa sobre o mercado de smartphones que conhecemos?
O site Motherboard gravou uma entrevista com Cooper para conhecermos um pouco de seu pensamento. Entre os temas abordado, falou de como a AT&T veio originalmente com a telefonia celular e ameaçou o negócio da Motorola de transceptor de duas vias. A Motorola acreditou que colocar um telefone móvel em um carro era o mesmo que manter as pessoas presas em uma casa ou apartamento com um telefone de casa.
Nós acreditamos, e ainda acreditamos hoje que a liberdade significa que você possa falar de qualquer lugar.
Assim, conta Cooper, o primeiro telefone portátil pessoal foi inventado. Em 3 de abril de 1973, Cooper caminhava pelas ruas de Nova York com um jornalista e decidiu usar seu telefone celular para falar com Bill Engel, da AT&T, que Cooper chama de seu inimigo. Quando Engel atendeu o telefone, Cooper rapidamente disse que estava falando de um celular pessoal. Em seguida, houve alguns momentos de silêncio.
Ele provavelmente estava rangendo os seus dentes.
Cooper coloca sua invenção acima da expectativa de muitos, mesmo com a tecnologia dos dias de hoje, e diz que levará algumas gerações para que a telefonia celular atinja todo seu potencial, provavelmente por depositar sua confiança na inteligência artificial.
Mais curioso, ele não é um grande entusiasta de aplicativos. Segundo Cooper, existem milhões de apps inúteis, e defende que ao invés de deixar os usuários testarem diversos e verificarem quais são interessantes, deve haver uma inteligência artificial capaz de identificar quais são as soluções ideias para cada usuário. Essas soluções seriam chamadas apps.
Ao invés de procurar por apps, os apps irão nos encontrar.
Sempre inventivo, Cooper mostra que sua mente pensa em ideias que podem ser perfeitamente capazes de mudar o mercado, e não seriam inviáveis de serem desenvolvidas. Por exemplo, ao invés de criar aplicativos obsoletos, por que não criar algo que cria os aplicativos para nós? Com a inteligência artificial cada vez mais desenvolvida para fins um tanto duvidosos, não seria de admirar que algo assim pudesse ser criado.
Para os que tiverem a curiosidade e tiverem bons ouvidos para o inglês, a entrevista com essa lenda viva está no vídeo abaixo:
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