O governo planeja entregar, em junho deste ano, um plano de ações sobre uso de Inteligência Artificial, confirmou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

O texto será baseado na atualização feita pelo ministério na Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, sendo que essa é uma demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com isso, o plano deve mapear a infraestrutura necessária para processamento de IA, incluindo até mesmo os supercomputadores disponíveis no Brasil.

A primeira ideia é que a gente possa usar a inteligência naquilo que o governo está decidindo que é prioritário, naqueles eixos estratégicos do governo - disse a ministra.

O governo pode definir o uso de IA em diversos setores, como saúde, agricultura, infraestrutura e educação. Mas, para isso, ele precisa organizar qual será a prioridade.

A primeira ideia é escolher aquilo que é prioritário para o governo. Para usar essa ferramenta tecnológica (IA) a serviço da inclusão, da nação, dos serviços públicos e da própria economia brasileira.

Santos ainda explicou que o governo tem capacidade para fazer investimento no aumento de capacidade dos supercomputadores, mas ela destacou que a IA também tem aspectos negativos que precisam ser evitados.

Por isso, ao Metrópoles ela disse que o governo tem apoiado o projeto de lei que regulamenta o setor.

Nós sabemos que o uso da inteligência artificial pode ser um grande risco, seja na questão democrática, seja na questão ética. Já tem um PL no Senado que nós estamos apoiando essa regulamentação da inteligência artificial, porque é preciso estabelecer mecanismos.

No momento, o PL que regulamenta a IA ainda está em fase preliminar no Senado. Logo, não há uma previsão de quando ele será votado pela casa.