16 Janeiro 2015
Há dois anos a Google apresentou pela primeira vez o que poderia ser o futuro da interação online, o Google Glass. O protótipo de óculos com câmera, processador e tela de computador do tamanho de um selo realmente parecia algo audacioso para a época. De lá para cá Sergey Brin, cofundador do projeto, veio tentando fazer propaganda em cima da novidade para atiçar o desejo de desenvolvedores e consumidores pelo produto.
No entanto, inicialmente sendo vendido por U$ 1500 para desenvolvedores e sem data e preço para o usuário final, o interesse no produto começou a cair. Das 16 empresas que estavam envolvidas no desenvolvimento de aplicativos, apenas nove delas continuam neste barco. A grande justificativa dada por aquelas que pularam fora deve-se à falta de consumidores ou às limitações do dispositivo.
Destes desenvolvedores restantes, três deles pararam de focar no usuário comum e trabalham atualmente em aplicativos para empresas. Atualmente o Google Glass conta com quase 100 aplicativos, incluindo o Facebook e OpenTable, mas apps importantes como o Twitter ainda não foram desenvolvidos.
"Se houvessem 200 milhões de Google Glasses vendidos, seria uma perspectiva diferente. Não existe mercado neste ponto", disse o presidente-executivo da Little Guy Games, Tom Frencel, que suspendeu o desenvolvimento de um jogo para o Glass neste ano e está olhando para outras plataformas, incluindo os óculos de realidade virtual Oculus Rift, de propriedade do Facebook.
A situação também parece se complicar dentro da própria Google. Vários funcionários envolvidos no projeto simplesmente abandonaram a empresa. Além disso, outras companhias que investiam na novidade como Kleiner Perkins Caufield & Byer e Andreessen Horowitz não estão mais interessadas no Google Glass.
Google, no entanto, afirma que a empresa continua investindo pesado no gadget, ainda mais agora com entrada de Ivy Ross, ex-executiva da Calvin Klein. Ela informa que o Google Glass é o primeiro produto fruto do laboratório X da Google, e que a companhia não irá desistir fácil dele. O dispositivo vestível ainda vai demorar um pouco a ser lançado comercialmente, tendo a sua chegada adiada para 2015.
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