07 Abril 2015
A Huawei está crescendo cada vez mais no seguimento de microprocessadores voltados para dispositivos móveis. Para este ano, são esperados três modelos de sua linha Kirin para o seguimento de aparelhos de alto desempenho, o que demonstra que a fabricante não pretende ficar atrás de suas concorrentes por muito tempo.
Recentemente, foi anunciado o novo MediaPad X2 pela empresa chinesa, sendo o primeiro smartphone do ano a contar com o Kirin 930. Durante a apresentação do dispositivo, entretanto, muitas pessoas deduziram que o processador utilizado por ele possuía quatro núcleos Cortex A53 e outros quatro Cortex A57, já que esta é a configuração padrão vista neste tipo de componente. Isto principalmente se deve ao fato do Cortex A53 possuir um menor consumo energético, enquanto o outro modelo conta com um poder de processamento mais elevado, sendo utilizado para as tarefas mais pesadas.
Segundo informações liberadas, entretanto, o Kirin 930 na verdade conta com todos os seus núcleos em Cortex A53, sendo quatro deles com clock a 1,4GHz e outros quatro com clock em 2GHz, ganhando assim a denominação especial de Cortex A53e. Segundo a empresa, esta pequena modificação feita por ela mesma no processador faz com que o desempenho final fique praticamente idêntico aos modelos octa core tradicionais, porém com uma eficiência energética muito maior.
Além disso, a Huawei aproveitou para cutucar um pouco a sua rival HTC, afirmando que os núcleos Cortex A57 do Snapdragon 810 presente no One M9 são os responsáveis pelo calor absurdo emanado pelo dispositivo em tarefas simples do cotidiano. Segundo ela, estes núcleos demandam uma quantidade até 256% maior de energia para serem utilizados, o que acaba aumentando o consumo de bateria e também esquentando mais o dispositivo.
Não sabemos se estes núcleos Cortex A53e serão utilizados também nos próximos processadores da companhia, porém é provável que eles sejam substituídos pela nova arquitetura Cortex A72, que permite uma litografia de fabricação ainda menor e, consequentemente, um menor consumo energético.
Até lá, entretanto, resta apenas esperarmos que a Huawei se pronuncie sobre o assunto para sabermos se os novos Kirin 940 e 950 serão capazes de bater de frente os Exynos da Samsung e o sucessor do Snapdragon 810, da Qualcomm.
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