10 Junho 2015
BlackBerry, antigamente, era a líder do mercado de telefonia móvel e se tornou sinônimo de segurança pessoal e corporativa. A empresa sediada no Canadá, entretanto, viu seu império perder força após a falta de capacidade dos presidentes no comando de identificar a falta de inovação responsável pelo decrescimento da participação em nível internacional. Para mudar a situação negativa enfrentada pela companhia norte-americana, John Chen entrou em 2013 como CEO e foi capaz de renovar diversas áreas da ex-gigante, dando o impulso necessário para mantê-la ativa no segmento mobile.
Apesar da BlackBerry ter continuado com a fabricação de hardware, ainda não atingiu o embalo esperado e teve os piores últimos três meses desde 2006, comercializando apenas 1,6 milhões de unidades de smartphones em seu último trimestre fiscal, por exemplo, número atingido pela Apple ou Samsung em apenas um dia. Mas será que parar de produzir aparelhos seria a solução para a marca canadense se reerguer de forma consistente? De acordo com o atual presidente da antiga RIM (Research In Motion), não. E com um motivo bem simples e direto.
Se você olhar para o exército dos Estados Unidos da América, eles ainda estão usando celulares da BlackBerry. Se eu falar para eles que não tenho mais smartphones, eu perco essa estima. A questão é como fazer os aparelhos gerarem lucro no volume que essas pessoas [usando o exército dos Estados Unidos da América como exemplo] representam? — diz John Chen em uma entrevista cedida ao jornal Business Insider, onde comenta aspectos variados do cenário atual vivenciado pela BlackBerry. E parece que não há planos de deixar a fabricação de dispositivos de lado.
Em uma análise realizada por um profissional de mercado ainda neste ano, o caminho certo para a BlackBerry seria focar apenas em sistemas operacionais seguros para a categoria de gadgets móveis, da mesma forma que levou seu software ao tablet da Samsung ao fazer uma parceria com a empresa da Coreia do Sul e IBM, apresentando o secuTABLET como uma opção reforçada para evitar acessos não autorizados às informações do Android. Contrariando a examinação, John Chen acredita que deve priorizar a presença da canadense em segmentos onde ainda é majoritária, como no exército dos EUA. Será um prazer acompanhar o possível 'renascimento' da BB.
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