A essa altura do campeonato, muitos poderiam pensar que o Adobe Flash, a arcaica tecnologia que já protagonizou inúmeros casos de brechas de segurança, já nem existe mais.

Bloqueado por padrão na maioria dos navegadores (um dos últimos foi o Firefox), ele foi, aos poucos, sendo substituído pelo HTML5, uma solução mais leve, segura e estável.

Mas por incrível que pareça, o Flash ainda não morreu; a proporção de páginas que confiam-se na tecnologia caiu de 28,5% (número obtido há 7 anos), para míseros 5%.

As estatísticas foram compartilhadas pela firma W3Tech, que monitora soluções da web que vão desde pequenas páginas pouco conhecidas até grandes portais de acesso com milhões de cliques por segundo.

Entre as páginas que ainda insistem em empregar a tecnologia ultrapassada estão aquelas que foram criadas nos tempos áureos do plug-in – mas atualmente, boa parte do conteúdo dessas só pode ser acessado através de um PC, vendo que os smartphones atuais sequer trazem suporte ao Flash de forma nativa.

O Flash era, de fato, algo muito útil para a implementação de determinados recursos na web, mas algo que impediu seu verdadeiro sucesso e crescimento foi o fato dele não ser open-source.

Além do mais, o Flash Player era um belo exemplo de programação mal-feita, levando centenas de falhas de segurança a milhares de usuários ao redor do mundo, além de comprometer notavelmente sua experiência de uso, seja para trabalho ou entretenimento.

Em 2020, o suporte oficial ao Flash deve finalmente acabar, enquanto isso, usuários saudosistas que ainda insistem em usar a tecnologia o fazem com um "zumbi", que já foi abandonado até mesmo por seu próprio criador.