Tech 17 Nov
O tráfego da nuvem deve sofrer um aumento de 3,7 vezes de 2015 a 2020. Atualmente, o consumo é de 3,9 zetabytes (ZB) e deve chegar a marca dos para 14,1 ZB neste período. Este dado foi apresentado durante a sexta edição anual do Cisco Global Cloud Index (2015-2020), realizada nos Estados Unidos.
Esse rápido crescimento, segundo análise, é atribuído ao aumento da migração para arquiteturas de nuvem por conta da capacidade de se expandir rápida e eficientemente e suportar mais cargas de trabalho do que os datacenters tradicionais. A Microsoft, por exemplo, tem lucrado cada vez mais graças ao Azure, serviço de computação de nuvem.
Com a maior taxa de virtualização dos datacenters, os operadores de nuvem poderão oferecer maior variedade de serviços para empresas e consumidores com um desempenho ideal e custos mais em conta. De acordo com a Cisco Global Cloud Index, a nuvem dominará e vai superar o crescimento dos tradicionais datacenters até 2020, quando 92% da carga de trabalho será processada por datacenter de nuvem. Os datacenters convencionais corresponderão a 8% do total.
Crescimento
Veja alguns dados interessantes que constam no estudo:
- Até 2020, 59% dos consumidores de internet (2,3 bilhões de usuários) usarão recursos de armazenamento pessoal na nuvem, a partir dos 47% (1,3 bilhão de usuários) em 2015;
- Até 2020, o tráfego gerado por armazenamento na nuvem por consumidor será de 1,7 GB por mês contra a média de 513 MB por mês em 2015;
- Até 2020, a capacidade instalada de armazenamento dos datacenters crescerá dos atuais 382 EB em 2015 para 1,8 ZB;
A computação em nuvem será ótima para a dita Internet das Coisas. Este tipo de computação vai demandar também um tráfego mais rápido, seguro e constante de dados móveis. Essa estabilidade pode ser conseguida com a esperada rede 5G, que deve substituir a 4G aos poucos. Apesar do milionário investimento federal dos Estados Unidos na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para adiantar a implementação desta nova rede, tudo indica que os asiáticos podem sair na frente. A Samsung corre para que as disputas das Olimpíadas de Inverno de 2018, que serão na Coreia do Sul, tenham essa nova cobertura de rede.
Além disso, a notícia de que a SpaceX planeja criar uma rede de internet com 5 mil satélites em órbita muda muito a visão sobre como será o futuro da internet. A empresa de Elon Musk, que também comanda a Tesla, deve investir nada menos que US$ 10 bilhões no projeto e deve oferecer uma excelente internet para o mundo todo, a começar, é claro, pelos Estados Unidos.
Comentários