Economia e mercado 16 Dez
A implantação de uma nova infraestrutura específica e exclusiva para o 5G – o chamado “5G puro” ou “5G SA” (standalone) – não é mais cara que aproveitar a existente do 4G. Ao menos, é o que afirma o diretor de tecnologia da TIM, Leonardo Capdeville.
Em conferência de imprensa para revelar resultados do quarto trimestre de 2020, o executivo afirmou que quase a totalidade do investimento é realizado nos rádios. Ou seja, não há distinções entre os dois tipos de implantação.
“90% do investimento feito em uma rede móvel é feito no acesso, nos rádios. E estes são os mesmos para o 5G standalone ou non-standalone. Precisam apenas de uma atualização de software.”
Leonardo Capdeville
CTIO da TIM
Capdeville ainda elogiou a determinação do conselheiro da Anatel, Carlos Baigorri, de obrigar as grandes operadoras a investirem em redes móveis de quinta geração já com base no release 16, o padrão do “5G puro”.
“Existe obrigação de cobertura mínima com uso de 50 MHz contínuo de espectro. De qualquer jeito tem que colocar um novo rádio para atender essa exigência. E não tem diferença de preço. Isso é informação de contrato do grupo na Itália, os rádio têm o mesmo preço para SA e NSA, pois são os mesmos.”
Na visão do CTIO da empresa, essa exigência irá gerar vantagens às provedoras, já que terão a possibilidade de dispensar outros serviços considerados inviáveis com o 5G NSA. Entre eles, estão o fatiamento da rede – conhecido como slicing – e a multiconectividade – mMTC.
Por outro lado, a TIM pretende continuar com esforços para disponibilizar o 5G DSS em várias cidades brasileiras, como Fortaleza (CE), mas sem citar datas. O CEO da TIM, Pietro Labriola, reforçou ainda oferta de banda larga fixa baseada em rede móvel 5G (FWA) como o primeiro modelo de negócio com a tecnologia no Brasil.
“E a TIM tem a melhor posição para explorar isso pois não temos rede legada de banda larga fixa, não temos que migrar usuários. É um modelo que complementa muito bem a oferta FTTH.”
Pietro Labriola
CEO da TIM
Para completar, Labriola acrescenta que a oferta de serviços móveis 5G não terá preços diferentes do que já são cobrados no 4G. A viabilidade financeira acontecerá na expansão do fluxo de dados.
E aí, o que você espera da futura rede 5G no Brasil? Não se esqueça de dar a sua opinião para a gente!
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