O Facebook sempre está envolvido em polêmicas, dessa vez um assunto delicado chegou à rede social: trata-se do caso do francês Alain Cocq, que tentou transmitir a própria morte ao vivo pela rede social.

Cocq tem 57 anos e sofre de uma doença que faz com que as paredes das suas artérias se grudem e, em comunicado à agência de notícias AFP, ele afirmou que iria recusar comida, água e remédios e transmitir a sua morte ao vivo pelo Facebook, que bloqueou a sua conta no último sábado (5) após ele anunciar a sua decisão em uma postagem na rede social.

Em resposta o Facebook se pronunciou:

"Apesar de respeitarmos a decisão de Cocq, seguindo o conselho de especialistas, nós tomamos medidas para impedir a transmissão ao vivo da conta de Alain. Nossas regras não permitem que nós transmitamos tentativas de suicídio."

Entretanto, Cocq fez uma apelação para que seus seguidores realizassem uma campanha pedindo que o Facebook mudasse o seu posicionamento. Na segunda-feira, 7 de setembro, o francês foi internado num hospital em Dijon, na França, de onde seria liberado nos próximos 10 dias e ficaria em casa, com supervisão médica.

Cocq já até mesmo escreveu uma carta a Emmanuel Macron, pedindo que lhe concedesse o direito a morte, mas a eutanásia é um crime na França e o presidente respondeu que não poderia fazer isso, pois "não estava situado acima da lei."

No momento Cocq permanece no hospital, onde voltou a fazer refeições e está recebendo os devidos cuidados para que, em breve, seja enviado para sua casa onde será cuidado por uma equipe médica.

Esta não é a primeira vez que algo do tipo ocorre, em 2018 um jovem transmitiu o próprio suicídio ao vivo no YouTube, mas nesse caso a rede não foi rápida o suficiente para bloquear o conteúdo antes dele ocorrer.