A Philco anunciou no último trimestre de 2021 o Hit P12, seu mais novo celular para o mercado brasileiro. Um aparelho intermediário com especificações medianas e sucessor do Hit P10 , versão lançada no final de 2020 e que empresta algumas características para o atual modelo, como o entalhe em gota e mais alguns aspectos do design.

Partindo para as especificações, temos tela IPS LCD de 6,2 polegadas HD+, plataforma Unisoc SC9863A, 4 GB de memória RAM, 128 GB para armazenamento (expansível via microSD), câmera frontal de 8 MP, quatro câmeras traseiras (13 MP / 8 MP / 2 MP / 2 MP), WiFi de 2,4 GHz, Bluetooth 4, GPS, USB-C, leitor de digital traseiro e reconhecimento facial, além da bateria de 4.000 mAh e Android 11.

Nosso teste de bateria oficial é executado com vários apps, jogos e serviços populares em ciclos cronometrados até que a bateria esgote completamente, sendo dado um tempo de standby entre os ciclos para acompanhar o consumo em segundo plano. Brilho da tela e configurações de redes são padronizados para que possamos traçar um paralelo entre todos os modelos que passaram por nossas bancadas.

Os apps presentes nos ciclos, e seus determinados tempos de execução por ciclo, são:

• 6 minutos de uso (cada) - WhatsApp, Youtube, MX Player (vídeo offline), Spotify, PowerAmp (música offline) e Chrome;
• 1 minuto (cada) - Pokémon Go, Asphalt 8, Subway Surfers, Candy Crush, Modern Combat 5 e Injustice;
• 4 minutos de chamadas em 3G/4G;
• 2 minutos de uso (cada) - Facebook, Gmail e GMaps

Após nossos testes com o Hit P12, chegamos aos seguintes resultados:

• Foram necessárias 19 horas e 08 minutos para o dispositivo desligar;
• A tela permaneceu ligada por 9 horas e 42 minutos no período;
• Realizamos 14 ciclos completos de testes, incluindo:
  • 84 minutos de navegação no Chrome;
  • 420 minutos de WhatsApp, Spotify, PowerAmp, MX Player e YouTube (84 minutos cada);
  • 84 minutos de jogos (Pokémon Go, Subway Surfers, Candy Crush, Injustice, Modern Combat 5 e Asphalt 8);
  • 84 minutos de Facebook, Gmail e Google Maps (28 minutos cada);
  • 56 minutos de chamadas de voz via 3G/4G;
• O app que mais consumiu foi o YouTube.

O Hit P12 foi lançado por um preço surreal no Brasil, custando mais que o dobro do que muitos consideram um valor justo a ser pago por ele. Meses depois, ele aparece por preços menos salgados em promoções, mas ainda segue uma opção duvidosa frente a concorrentes do mercado nacional, especialmente se tratando de autonomia.

Modelos como realme C25, Moto G20 e realme C21Y apresentam conjuntos mais robustos e autonomia maior (sendo mais que o dobro no C25), e ainda custam menos que o celular da Philco, tanto no valor oficial em que foram anunciados quanto no varejo.

Uma opção com conjunto similar e que, inclusive, apresentou praticamente a mesma duração de bateria foi o G Max 2 da Multilaser, anunciado por quase metade do preço do Hit P12, e que atualmente é encontrado na faixa dos R$ 700 no varejo.

Tudo isso reforça que o modelo da Philco tem autonomia mediana para o conjunto oferecido, especialmente pelo preço cobrado, e que outras opções deveriam ser consideradas na hora da compra. Caso ainda assim você opte por ele, conseguirá passar um dia inteiro longe da tomada em uso moderado, mas nada muito além disso.