06 Julho 2016
A polícia fechou essa semana uma fábrica de produtos falsificados na China. As estimativas são que o local possuía pelo menos 42 mil iPhones falsificados, que poderiam render até 19 mil dólares aos seu proprietários. A operação faz parte de uma nova política chinesa para reforçar a propriedade intelectual no país, que é considerado um paraíso das falsificações.
A fábrica vistoriada era propriedade de um casal, que possuía seis linhas de montagens e centenas de funcionários. Eles usavam peças de segunda mão de aparelhos originais para montar suas próprias versões do produto, revendendo-as como iPhones verdadeiros, que eram exportados para o exterior do país.
A operação contou com a colaboração dos Estados Unidos, que recebiam muitos dos produtos desta fábrica em seu território. Esta não é a primeira vez que uma fábrica de "iPhones" de segunda mão é fechada na China, mas certamente foi a maior apreensão. Em 2011 a polícia conseguiu fechar um local com 200 unidades falas, e no mês passado um depósito com 1400 produtos foi encontrado. Nada na escala da operação desta semana.
A popularidade da Apple na China, que tornou o país o seu principal mercado consumidor, tem gerado um crescimento também na produção de produtos falsificados baseados em aparelhos da empresa, resultando em medidas surpreendentes como a criação de uma Apple Store falsa em Pequim.
É engraçado ver a China se preocupando em reforçar a propriedade intelectual, um princípio que parece ser contrário aos ideais que norteiam o governo chinês. No fim, a lei do mercado e do lucro parece mesmo ser a forma mais eficiente que os Estados Unidos encontraram para combater o comunismo na Ásia.
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