Jogos 23 Mar
A Microsoft já confirmou que, apesar da pandemia da Covid-19, o lançamento do seu novo e poderoso console está confirmado para 2020 durante as festas de fim de ano, sugerindo que o Xbox Series X possa chegar entre os outubro e dezembro.
Com poder de sobra em relação à geração anterior, o console de nova geração vai oferecer 12 TFLOPs de processamento gráfico, poderoso chipset desenvolvido em parceria com a AMD, armazenamento em SSD NVMe de alta velocidade e promessas de jogos em 4K podendo chegar a reprodução de mídia em 8K.
Não resta dúvidas que o Xbox Series X será espetacular, mas isso também nos leva a comparar naturalmente com o primeiro console da Microsoft para a atual geração, o Xbox One lançado em 2013 com um grande foco em conteúdo multimídia e uma grande questão: quais são as diferenças?
O que o Xbox Series X vai perder em relação ao Xbox One?
Quando a Microsoft apresentou a visão da tampa traseira do console de próxima geração com apenas um conector HDMI para saída de áudio e vídeo, ficou claro que a empresa não vai apostar nos recursos de TV que foi um grande destaque do Xbox One.
Anunciado em 2013, o primeiro Xbox One trouxe o OneGuide, uma interface dentro do próprio console que permitia ao usuário conectar um HDMI da TV a cabo para o console e, dessa forma, controlar os canais e a própria televisão com o próprio Xbox. A ferramenta foi mantida no Xbox One S e One X, mas não teremos este diferencial presente nos futuros modelos da empresa.
Com a remoção da porta de entrada HDMI, é muito provável que o já citado OneGuide desapareça também do sistema, tornando os Xbox completamente focados em jogos e menos em experiência multimídia.
Outro diferencial deixado de lado fica para o receptor infravermelho presente em todos os Xbox One e que permite ao usuário controlar a navegação do console pelos acessórios de mídia da Microsoft como o Controle Remoto Xbox.
Mais uma mudança fica para a saída óptica de áudio (S/PDIF) mesmo após vazamentos terem mostrado o conector presente no Xbox Series X. Curiosamente, a empresa não vai implementá-lo no design final e isso fará com que acessórios dedicados de áudio fiquem sem suporte, mesmo com a ênfase da Microsoft em seu sistema de áudio 3D.
O que o Xbox Series X pode perder em relação ao Xbox One?
Ainda não é possível cravar com total certeza que a Microsoft vai desistir de vez do Kinect, mas é bem provável que o avançado sistema de reconhecimento facial e corporal seja deixado de lado com o Series X. O Kinect foi uma grande promessa do Xbox 360 e chegou ao Xbox One com jogos que exploravam bem a funcionalidade e com foco imenso em comandos de voz, mas isso tudo foi esquecido e deixado de lado já no lançamento dos novos Xbox One S e One X. Com isso, a menos que um novo Kinect seja lançado com suporte para conector USB-A, é provável que não vejamos o sistema nos próximos Xbox.
E também é muito provável que a Microsoft meio que acabe com o armazenamento USB para jogos, ou mais ou menos. Já sabemos que os novos Xbox vão oferecer retrocompatibilidade total dos jogos da atual e vasta biblioteca do Xbox One, e é muito provável que se você tenha um HD externo ele seja utilizado também nos novos Xbox.
Entretanto, a diferença vai ficar para os jogos exclusivos do Xbox Series X e seus outros modelos, que devem ficar abrigados ou no armazenamento interno do console ou na expansão de armazenamento externa (imagem acima) desenvolvido pela Microsoft em parceria com a Seagate.
Com maior velocidade de leitura, escrita e transferência de arquivos e dados, a necessidade obrigatória para o SSD interno e a expansão da Seagate fica clara devido às altas velocidades que podem ser atingidas em comparação com outros SSDs e HDs disponíveis no mercado.
Como foi dito no começo, o Xbox Series X representará um enorme ganho de performance e desempenho em relação aos atuais Xbox One graças ao seu conjunto com processador AMD Zen 2 de oito núcleos com até 3,8 GHz, GPU Radeon RDNA 2 de 1,82 GHz com 12 TFLOPs e 52 CUs (unidades de computação), além do muito falado armazenamento interno em SSD NVMe personalizado de 1 TB com taxa de transferência de 2,4 GHz (original) ou 4,8 GHz (compactado) e os slot de 1 TB da Seagate.
Com a adição de tecnologias exclusivas para a próxima geração como ray tracing, som 3D, melhoria em textura e menor tempo de renderização, é esperável que mudanças sejam feitas, embora às vezes pareçam um retrocesso.
O Xbox Series X será o primeiro console da nova família da Microsoft e vai ser apresentado pela empresa no fim de 2020, próximo ao Natal e Ano-Novo. Preço, data oficial e mercados de venda ainda não foram revelados.
Comentários